Político
estava no exterior desde 2019, quando abriu mão de seu mandato e deixou
Brasília por sofrer ameaças de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O
ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL) voltou ao Brasil, na última sexta-feira
(30), quatro anos após deixar o país e desistir do terceiro mandato na Câmara
dos Deputados em meio a ameaças de morte.
O
retorno aconteceu no mesmo dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi
condenado à inelegibilidade por oito anos pelo Superior Tribunal Eleitoral
(TSE).
Wyllys,
que após deixar o Brasil foi fazer doutorado em Barcelona, postou mensagem em
espanhol com uma foto diante do Palácio do Planalto, em Brasília, colorido
pelas cores do arco-íris, em virtude da celebração do Dia Internacional do
Orgulho LGBT, no dia 28.
"Cores
vivas: meu Brasil não é só verde-amarelo!", escreveu.
O
ex-BBB decidiu sair do país em 2019, no primeiro mês do governo Jair Bolsonaro
(PL).
Eleito
com quase 25 mil votos, Wyllys afirmou que havia tomado a decisão de deixar a
vida pública em razão da intensificação de ameaças de morte de apoiadores de
Bolsonaro, em especial após o assassinato da então vereadora Marielle Franco
(Psol).
A
partir da morte da colega de partido, ele passou a andar com escolta policial.
A
decisão de morar no exterior, segundo ele, foi por conta das ameaças que vinha
recebendo pelas redes sociais, no telefone do gabinete em Brasília e em seu
e-mail pessoal. Os textos chegaram a levar a Polícia Federal a abrir cinco
investigações.
Wyllys
fez oposição intensa ao então presidente eleito e chegou a cuspir nele, em
2016, após discussão durante a votação do impeachment da então presidente Dilma
Rousseff (PT) na Câmara.
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