Delegado-Geral
da PC, Gustavo Xavier, determinou que os delegados Igor Diego, Tales e Diego
Nunes procedam com a busca por Leandro Barros, que assassinou a companheira no
Sertão de AL.
A
Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) continua fortemente empenhada na captura de
Leandro Pinheiro Barros, apontado como o autor do crime contra Mônica
Cavalcante, que morreu assassinada por ele, em São José da Tapera, Sertão
alagoano, sendo este um crime que teve repercussão nacional.
O
suspeito está foragido desde o dia do homicídio e sua prisão é tida como uma
questão de honra para a Segurança Pública de Alagoas. No momento, como o
inquérito segue em sigilo, isso impede a divulgação de maiores detalhes, mas o
delegado-geral da PC, Gustavo Xavier, confirmou ter formado uma comissão para
dedicar-se integralmente nas buscas e na captura do acusado.
"Eu
instaurei ontem uma comissão que vai finalizar estes trabalhos no intuito de
localizar o suposto autor do feminicídio. Essa comissão é presidida pelo
delegado Igor Diego e tem como integrantes os também delegados Thales Araújo e Diego
Nunes. Todos eles estão empenhados em localizar o paradeiro de Leandro
Barros", disse o delegado Xavier.
Segundo
o secretário de Segurança Pública, Flávio Saraiva, as investigações conduzidas
diretamente por Gustavo Xavier têm recebido um apoio importante das autoridades
da Segurança de Sergipe, por meio de diligências conjuntas com a polícia
alagoana em busca do acusado.
Um
aspecto que deve ser considerado para justificar a demora na captura é que o
suspeito conseguiu evadir-se imediatamente após a prática criminosa, indo para
Sergipe, o seu estado de nascimento e onde vivem seus familiares. Esse detalhe
é um dos fatores que poderiam explicar a não captura do suspeito até agora, já
que ele parece estar muito à vontade em seu estado.
O
pai do suspeito já entregou à polícia uma pistola que pode ter sido utilizada
no crime e aguarda-se o resultado do exame pericial necessário na arma, que é
um componente material importante no processo que investiga a morte de Mônica.
A pistola com munições e um carregador foram deixados no Centro Integrado de
Segurança Pública (CISP), em São José da Tapera. Segundo informações recebidas
pela polícia, Leandro Barros foi visto fugindo em um automóvel Jeep em direção
ao estado de Sergipe, onde mora o pai dele, que é sargento da Polícia Militar.
A
investigação suspeita que, além de o acusado estar migrando entre regiões, ele
pode estar recebendo suporte de algumas pessoas que estão dificultando o seu
paradeiro e impondo dificuldades para a realização da captura do suspeito.
Já é
sabido que a polícia realizou buscas no município sergipano de Poço Redondo,
quando uma pessoa, dona de uma propriedade agrícola na cidade, foi ouvida pelos
investigadores que procuraram saber se Leandro estava escondido no local. A PC
também esteve em Paulo Afonso (BA), mais um local onde Leandro teria passado, e
não o encontrou.
Outro
aspecto extremamente sensível para o trabalho investigativo realizado pela PC é
a dificuldade de monitorar as comunicações do acusado, já que a polícia não
conseguiu, até agora, ter acesso ao aparelho celular de Leandro Pinheiro Barros
e de seus familiares.
Mônica
Cavalcante, 26 anos, mãe de dois filhos, foi encontrada morta, atingida por
tiros, no município de São José da Tapera, no Sertão alagoano, no último
domingo (18).
Segundo
o delegado Igor Diego, que preside a comissão de investigação recentemente
instaurada, a possibilidade de uma apresentação espontânea ventilada na semana
passada, pelo pai de Leandro, não se confirmou.
"Apesar
de o pai dele ter dito que veria a possibilidade de uma apresentação do acusado
com seu advogado, na semana passada, ele retornou esta semana afirmando que não
havia conseguido contato com o filho. Portanto, ainda não há nenhuma
possibilidade no momento de que Leandro Barros possa se apresentar à polícia
nas próximas horas. Por isso as buscas continuam, e, agora com mais força, para
capturar o suposto assassino de Mônica Cavalcante", disse o delegado.
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