Ex-vereador, que está detido em
Benfica, na Zona Norte do Rio, será transferido na quarta-feira (9). Ele foi
preso após uma denúncia de estupro que teria acontecido em julho. Ele nega as
acusações.
O ex-vereador Gabriel Monteiro
será levado, nesta quarta-feira (9), para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de
Souza, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
O Tribunal de Justiça do Rio de
Janeiro, através da juíza Rachel Assad Cunha, determinou a manutenção da prisão
preventiva do ex-vereador, durante audiência de custódia nesta terça-feira (8).
Ele passará a noite na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na
Zona Norte.
O ex-vereador teve a prisão
preventiva decretada na última segunda (7) devido a um processo que ele
responde por estupro. Ele se entregou na 77ª DP (Icaraí).
Antes de ir para a delegacia, ele
gravou um vídeo em que nega o crime e disse que vai provar sua inocência.
Em sua decisão, a juíza também
determinou que a Secretaria de Administração penitenciária (Seap) coloque
Gabriel Monteiro em um presídio que "assegure a sua integridade
física".
A determinação da juíza atendeu
um pedido feito pela defesa de Gabriel, que alegou a condição de ex-policial
militar do ex-vereador, lembrando que ele teria feito prisões em sua antiga
função, além de ter sofrido tentativas de homicídio.
A decisão pela prisão preventiva
do ex-vereador é do juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 34ª Vara Criminal do Rio.
O caso pelo qual o parlamentar
responde teria ocorrido no dia 15 de julho, já depois da divulgação de outras
denúncias contra ele, inclusive por estupro. Portanto, o pedido de prisão
preventiva faz parte de um novo processo, diferente, por exemplo, dos casos que
foram analisados pelo Conselho de Ética da Câmara do Rio, que pediu a cassação
do mandato do então vereador Gabriel Monteiro.
Uma estudante de 23 anos afirma
que conheceu Gabriel na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio,
e de lá foi levada para a casa de um amigo de Monteiro, no Joá, na Zona Sul.
Segundo a vítima, no local,
Gabriel teria a constrangido a fazer sexo com ele, com violência, passando uma
arma no seu rosto, empurrando-a na cama, segurando seus os braços e dando tapas
na cara da vítima.
A mulher contou na delegacia que
Gabriel a empurrou para a cama, arrancou sua roupa e começou a se relacionar
sexualmente com ela de "forma também violenta". Ela disse aos
investigadores que Monteiro passou a interroga-la e a cada resposta ou negativa
ela ganhava um tapa no rosto. A mulher afirmou ainda que tentava se defender
das agressões, mas o ex-PM lhe disse: "se você continuar assim, vai ser
pior. Eu vou lhe espancar". Após isso, ela teria dito que parou de se
defender e que começou a chorar.
Segundo a denúncia apresentada
pelo Ministério Público do Rio, um exame médico realizado após os fatos
comprovou que a vítima foi infectada pelo vírus do HPV.
Na decisão, Rudi Baldi Loewenkron
também determinou que sejam aprendidos celulares e armas de fogo do acusado. O
processo corre em segredo de Justiça.
Por meio de sua rede social,
Gabriel Monteiro negou o crime e disse que vai provar sua inocência.
"Fiquei sabendo pela minha
advogada que foi decretada a minha prisão preventiva por um crime que eu não
fui escutado na delegacia. Respeito as autoridades e por isso estou vindo aqui.
Não fui conduzido pela polícia. Assim que fiquei sabendo vim imediatamente me
entregar para a Justiça porque acredito nela e sei que minha inocência vai
ficar comprovada. Não só tecnicamente, mas também para todo o Brasil, de forma
que fique incontestável qualquer acusação contra mim", disse Monteiro
antes de se entregar.
Vereador cassado
Gabriel teve seu mandato cassado
no dia 18 de agosto, após uma votação no plenário da Câmara, por quebra de
decoro parlamentar.
Várias acusações foram feitas
contra: assédio sexual, moral e tentativa de estupro. Gabriel Monteiro também
foi acusado de intimidações, agressões e de cometer crimes contra menores de
idade.
Nas denúncias analisadas pela Câmara,
constam quatro acusações de mulheres que dizem ter sido estupradas.
Ao menos três delas afirmaram que
as relações começaram de forma consentida e passaram para uma situação de
violência.
Sempre que se pronunciou, Gabriel
Monteiro negou os crimes.
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