Ele foi atingido por um bloco de
gelo em uma caverna proibida para visitação no Parque Nacional Tierra del
Fuego. Dennis Cosmo Marin de 37 anos compartilhou imagens no Ushuaia nas redes
sociais.
O brasileiro que morreu nas
proximidades de Ushuaia, na Argentina, após um bloco de gelo se romper do teto
de uma caverna e atingir seu corpo foi identificado como Dennis Cosmo Marin,
como o g1 apurou com amigos da vítima.
Dennis era de São Paulo,
publicitário e tinha 37 anos. Segundo ele relatava nas redes sociais, estava há
quase quatro anos viajando de Kombi pela América do Sul com sua gata de
estimação, batizada de Lince.
O acidente com o paulistano foi
em uma área de acesso proibido conhecida como "Cueva de Jimbo", ou
Caverna de Gelo, dentro do Parque Nacional da Tierra del Fuego, na quarta-feira
(2).
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra o momento em que o
grupo avança para o interior da caverna. As imagens também mostram uma placa
onde se lê: "Alerta. Não entre." (Veja abaixo).
Viagem de Kombi
O brasileiro tinha um perfil no
Instagram chamado 'Ô de Kombi', onde se apresentava como contador de
"stories" e mensageiro natural de coisas naturais. Além disso, dizia
que estava "em busca de autonomia".
Na página dele, que tem mais de 3
mil seguidores, o publicitário costumava dividir diariamente suas experiências
durante as viagens e chamava atenção por levar junto a gata Lince.
Dennis passou por cidades do
estado do Rio de Janeiro, da região sul do Brasil, Guiana Francesa, Suriname e
Uruguai. Na última semana, ele chegou a compartilhar vídeos e fotos do Ushuaia,
inclusive de caminhadas feitas já na Tierra del Fuego.
Em nota, o Itamaraty afirmou que
o Ministério das Relações Exteriores, por meio "do Consulado-Geral do
Brasil em Buenos Aires, vem prestando a assistência cabível à família da
possível vítima, em coordenação com as autoridades locais e em conformidade com
os tratados internacionais vigentes e com a legislação local."
Investigação
A Comissão de Auxílio do Ushuaia,
um grupo civil dedicado a resgates na região, publicou um comunicado nas redes
sociais alertando que "o acesso a esta caverna é proibido devido ao perigo
representado pela possível queda de gelo ou pelo colapso da caverna, situação
que está indicada no outdoor perto da caverna."
Segundo relato postado no
Instagram, o grupo civil disse que recebeu o pedido de resgate por volta das
16h de um turista que sofreu um traumatismo grave na cabeça.
A brigada foi acionada, mas
quando chegou ao local a vítima já foi encontrada sem vida. Após uma operação
de mais de 6 horas, os socorristas desceram o corpo e os outros turistas até
uma base de operações.
Responsáveis pelo resgate
conversaram com o g1 e disseram que a Justiça da Argentina está conduzindo uma
investigação sobre o acidente.
A guarda nacional da Argentina
informou que o turista viajava sozinho pelo país e que morava em uma kombi em
um acampamento municipal.
O Ministério das Relações
Exteriores disse, por meio de nota, que o Consulado-Geral do Brasil em Buenos
Aires "vem prestando a assistência cabível à família da vítima, em
coordenação com as autoridades locais e em conformidade com os tratados
internacionais vigentes e com a legislação local".
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