Afirmação foi dada pelo
ex-governador durante entrevista ao Jornal O Globo.
Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-governador Renan
Filho (MDB) criticou, nesta terça-feira (03), a judicialização do pleito
indireto para escolha do governador e do vice-governador para o mandato-tampão.
Renan Filho afirmou que o
presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), se comporta “como um
coronel” para adiar a votação, que estava marcada para ontem, na Assembleia
Legislativa de Alagoas, mas foi suspensa por decisão do presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux.
Renan Filho acusou Lira de
arrastar o STF para um embate "com interesses políticos" e disse que
o presidente da Câmara lembra os coronéis que ganhavam eleições utilizando o
Exército e a polícia: “Ele se comporta como coronel usando as armas que tem,
judicializando a eleição indireta com interesses políticos. O objetivo é
impedir o exercício do que manda a Constituição, que é a eleição indireta após
30 dias de dupla vacância no governo”, disse o ex-governador ao jornal O Globo.
Caberá ao ministro Gilmar
Mendes, relator, se manifestar sobre a ação, que aponta inconstitucionalidades
na condução do processo eleitoral.
O ex-governador afirmou que
tentará conversar com Gilmar Mendes sobre o assunto, citando entraves
administrativos ao estado, por conta do adiamento da escolha de um
governador-tampão, e o que chamou de "prejuízo constitucional".
“É muito importante, nesse
momento de ataques ao Judiciário e à democracia, que a Constituição prevaleça.
E ela determina a autonomia dos entes federativos para definir o formato desse
tipo de votação indireta, que não tem cunho eleitoral, mas sim se presta à
restituição de um dos Poderes em caso de dupla vacância. Se o Supremo não fizer
a Constituição se cumprir neste caso, pode levar outros a não cumprirem”,
argumentou.
Por: Coluna Labafero.
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