Uma mulher atingida por uma
bala perdida está entre as vítimas. Agentes buscavam prender chefes do Comando
Vermelho escondidos no complexo e foram recebidos a tiros por volta das 4h.
Houve relatos também de tiros no Complexo do Alemão. Treze escolas da região
estão fechadas.
Ao menos 21 pessoas morreram
durante uma operação policial na Vila Cruzeiro, na Penha, na Zona Norte do Rio,
nesta terça-feira (24). A ação começou de madrugada e segue durante esta tarde.
Segundo a Polícia Militar,
pelo menos 12 mortos eram suspeitos. Outras oito pessoas mortas, até as 16h,
ainda não tinham sido identificadas pelas autoridades.
Fora os 12 mortos, uma
moradora também morreu. Segundo a polícia, Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41
anos, foi atingida por uma bala perdida na entrada da Chatuba, que fica ao lado
da Vila Cruzeiro.
A operação também deixou
feridos. No início da tarde, ao menos duas pessoas foram socorridos pela
Polícia Rodoviária Federal para um hospital da região. Eram uma mulher, que
estava lúcida, e um homem inconsciente, com um ferimento na barriga.
Além delas, um policial
civil foi ferido por estilhaços de bala no rosto durante perícia no local.
Identificado como sendo Sérgio Silva Rosário, o agente passa bem.
Resumo:
Segundo a PM, entre os 21
mortos:
12 eram suspeitos
1 moradora identificada como
Gabrielle Fereira da Cunha, de 41 anos, foi baleada e morta na entrada da
Chatuba, que fica ao lado da Vila Cruzeiro
Até as 16h, ainda não havia
a identificação dos outros oito mortos
Entre os feridos, estão:
2 homens considerados
suspeitos pela polícia foram baleados e encaminhados ao Getúlio Vargas, onde
passaram por cirurgia
Pelo menos mais 2 pessoas,
uma mulher que estava lúcia e um homem inconsciente e ferido na barriga, deram
entrada no hospital na tarde desta terça, levadas pela Polícia Rodoviária
Federal.
1 policial civil,
identificado como Sérgio Silva Rosário, foi ferido no rosto por estilhaços de
bala perícia no local; ele passa bem
Tiros começaram às quatro da
manhã
Moradores relataram que
começaram a ouvir tiros às 4h. Houve relatos também de tiros no Complexo do
Alemão, onde bandidos tentavam usar uma estrada de terra como rota de fuga.
Treze escolas da rede
municipal dos complexos da Penha e do Alemão precisaram ficar fechadas devido
ao confronto, segundo a Secretaria Municipal de Educação.
Em fevereiro, outra operação
conjunta das polícias Militar e Rodoviária Federal (PRF) na Vila Cruzeiro
deixou pelo menos oito mortos.
Segundo a PM, agentes do
Batalhão de Operações Especiais (Bope) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF)
foram atacados a tiros quando iniciavam uma “operação emergencial” na
comunidade.
O objetivo era prender
chefes do Comando Vermelho escondidos na Vila Cruzeiro. A polícia afirma que
lideranças da facção em outras favelas do Rio — como Jacarezinho, Mangueira,
Providência e Salgueiro (São Gonçalo) — e até de estados do Norte e do Nordeste
também estão abrigados na Penha.
Confrontos perto de mata
Um helicóptero blindado da
PM dava apoio aos agentes em terra. Os confrontos se concentravam na parte alta
da Vila Cruzeiro, perto de uma área de mata.
De acordo com o Corpo de
Bombeiros, a moradora estava na Rua Dionísio, na Chatuba, na parte baixa do
complexo, quando foi atingida.
Policiais apreenderam treze
fuzis, quatro pistolas, doze granadas e uma quantidade grande de drogas, ainda
não contabilizada. Dez carros e vinte motos foram recuperados.
Tiros logo cedo
Os tiros começaram a ser
ouvidos por volta das 4h.
“Quatro horas da manhã
começou operação aqui na Vila Cruzeiro. Muito tiro, mas muito tiro mesmo. Os
policiais do Bope entraram aqui com vários carros. E a bala tá comendo”,
afirmou um morador.
Vídeos enviados ao Bom Dia
Rio mostram blindados entrando na comunidade.

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