Durante o evento, Lula fez um discurso destacando programas sociais que foram implementados ao longo dos oito anos em que presidiu o país.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou neste sábado (7) a sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto e confirmou a chapa com Geraldo Alckmin (PSB), ex-governador de São Paulo.

O evento de oficialização da pré-candidatura foi realizado em São Paulo, e contou com a presença de políticos do PT, como a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Também compareceram membros de PCdoB e PV, que formaram uma federação com o PT, e de outros partidos de esquerda, como PSB, Rede, Solidariedade e PSOL.

Durante o evento, Lula fez um discurso destacando programas sociais que foram implementados ao longo dos oito anos em que presidiu o país, entre 2003 e 2010, e defendeu a soberania brasileira, fazendo críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

Em sua fala, Lula não fez menção a casos de corrupção que marcaram seu governo, mas fez referência ao período em que ficou preso após condenação em processo da Lava Jato, depois anulado pelo Supremo Tribunal Federal. "Mas não esperem de mim ressentimentos, mágoas ou desejos de vingança", disse o ex-presidente. "Não temos tempo a perder odiando quem quer que seja."

Segundo o petista, o Brasil voltou ao mapa da fome, parou de investir em educação e nos centros de pesquisa científica, reduziu o orçamento da saúde e perdeu o controle das contas públicas. Por conta disso, segundo Lula, o custo de vida dos brasileiros encareceu, em especial devido aos altos preços dos combustíveis e dos alimentos.

“O Brasil voltou a um passado sombrio que havia superado. E para conduzir o Brasil de volta para o futuro, nos trilhos da soberania, do desenvolvimento, da justiça e da inclusão social, da democracia e do respeito ao meio ambiente, é que nós todos precisamos assumir o compromisso de voltarmos a governar esse país”, afirmou.

Lula ressaltou a aliança que formou com Alckmin, apesar de os dois terem sido adversários no passado. “Tenho orgulho de contar com o companheiro Geraldo Alckmin. Fomos adversários, mas também trabalhamos juntos e mantivemos o diálogo institucional e o respeito pela democracia. Tive em Alckmin um adversário leal e estou feliz por tê-lo na condição de aliado. Um companheiro cuja lealdade jamais faltará”, disse.

“O grave momento que o país atravessa, um dos mais graves da nossa história, nos obriga a superar eventuais divergências. Queremos construir um movimento cada vez mais amplo de todos os partidos, organizações e pessoas de boa vontade que desejam de volta a paz e a concórdia ao nosso país”, acrescentou.

Fonte - Jornal de Alagoas