Givaldo Alves já teve outras
passagens pela polícia e agora faz sucesso na internet.
Givaldo Alves, o sem-teto
que ficou famoso após ser espancado por personal trainer no Distrito Federal,
participou do sequestro de uma mulher de 33 anos em 2004, na zona leste de São Paulo.
Ele foi preso em flagrante
por volta das 18h30 de 1°/7/2004 ao pegar o resgate de R$ 3 mil em uma lixeira
na Praça do Forró, em São Miguel Paulista.
Horas depois, o ex-morador
de rua confessou o crime e levou os policias até o cativeiro em
Itaquaquecetuba. A vítima já havia sido liberada. Alves disse que já tinha ido
ao local uma vez, no entanto não viu a mulher.
Em depoimento, Givaldo
respondeu aos policiais que estava sem dinheiro e foi convidado por dois homens
que não conhecia para “pegar o dinheiro de um sequestro”. Ele receberia R$ 500
como pagamento por participar do crime.
Ao longo do processo, a
defesa chegou a alegar que o ex-sem-teto apenas estava no local errado na hora
errada.
Condenação
A tese foi refutada pelo
juiz Edison Aparecido Brandão, ao condenar, em 5/10/2004, o homem a 15 anos de
reclusão em regime fechado, mais dois anos por maus antecedentes e
reincidência.
“A versão que deu é
infantil, sendo absurdo confundir-se alguém jogando um papel no lixo com alguém
que fica andando em volta do local, recolhe dinheiro dali e tenta se evadir. Óbvio
que o réu tinha por função o recolhimento do resgate, um gravíssimo crime, por
óbvio”, disse o magistrado.
Apesar da condenação de 17
anos, Alves recebeu o alvará de soltura em 18/4/2013, para deixar a
Penitenciária Compacta de Flórida Paulista, no interior de São Paulo. Uma
revisão criminal da pena permitiu que ele cumprisse oito anos de prisão.
Bebê amordaçado
A vítima de 33 anos, o
marido de 34 anos e uma criança estavam saindo de casa para ir ao supermercado
por volta das 19h40 de 29/6/2004, quando foram abordados por três homens
armados.
Os criminosos – não se sabe
se Givaldo era um deles – obrigaram a família a entrar na residência localizada
na Vila Progresso, levaram a mulher para um quarto e pegaram quatro celulares,
um relógio, 400 dólares, R$ 150 e bijuterias.
Após se apossarem dos
objetos, os homens amarraram o pai e o bebê e saíram com a mãe no carro da
família, do modelo Xsara Picasso, em direção ao cativeiro.
“Mediante emprego de
violência consistente em amordaçar Luciano e seu filho de 1 ano e 8 meses de
idade e empregando armas de fogo”, disse o promotor José Carlos Guillem Blat,
sobre a ação da quadrilha.
Resgate
Um dos assaltantes seguiu
com a gerente para o cativeiro, onde havia outros homens encapuzados. No dia
seguinte, os sequestradores ligaram para o marido da vítima e pediram R$ 300
mil.
No entanto, o valor do
resgate foi reduzido para R$ 3 mil ao longo das negociações. A mulher acabou
liberada pelo criminosos em 1/7/2004 – 48 horas depois de ter sido sequestrada.
A reportagem do Metrópoles
questionou Givaldo sobre sua participação no sequestro, mas não obteve retorno
até o momento.

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