1 em cada 6 sofreu tentativa de feminicídio, diz pesquisa.
A grande maioria (90%) dos
brasileiros considera que o local de maior risco de assassinato para as
mulheres é dentro de casa, por um parceiro ou ex-parceiro. Os dados são da pesquisa
"Percepções da população brasileira sobre feminicídio", realizada
pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva com apoio do Fundo Canadá.
Essa noção é reforçada pelo
número de mulheres que dizem já terem sido ameaçadas de morte por companheiros
ou ex: 30% delas, o equivalente a 25,7 milhões de brasileiras. Entre elas, 1 em
cada 6 já sofreu tentativa de feminicídio.
A maioria delas (57%)
disseram ter terminado o relacionamento, enquanto 37% denunciou à polícia e 12%
não tomou nenhuma atitude.
Participaram da pesquisa
1.503 pessoas (1.001 mulheres e 502 homens), com 18 anos de idade ou mais,
entre 22 de setembro e 6 de outubro de 2021 em todo o país. A margem de erro é
de 2,5 pontos percentuais.
Para Jacira Melo, diretora
do Instituto Patrícia Galvão, a pesquisa revela que o feminicídio é um tema que
mobiliza a população.
"Além de mostrar que a
população possui um alto grau de compreensão sobre a gravidade do feminicídio
no Brasil e avalia que o problema tem aumentado nos últimos cinco anos, a
pesquisa revela também que as ameaças de morte e tentativas de feminicídio
fazem parte do cotidiano de uma parcela significativa das brasileiras: 30% das
mulheres entrevistadas já foram ameaçadas de morte por um parceiro ou ex e 16%
já sofreram tentativa de feminicídio", afirmou.
"Se fizermos uma
projeção, são mais de 25 milhões de brasileiras ameaçadas e quase 14 milhões
que já foram vítimas de tentativa de feminicídio”, completou.
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