Na sexta-feira (1º), uma
audiência da Câmara dos Vereadores do Rio discutiu a possível realização do
Carnaval em 2022.
A Prefeitura do Rio planeja
permitir, sem medidas restritivas e exigência de distanciamento social, a realização
das festas de Réveillon em dezembro e do Carnaval de fevereiro de 2022, desde
que haja um controle da pandemia de coronavírus nos próximos meses.
"A Prefeitura do Rio
trabalha para que tanto o Réveillon quanto o Carnaval ocorram em sua plenitude
sem a necessidade de qualquer medida restritiva. Mas somente será possível
realizá-los desta maneira com a população vacinada e a pandemia de Covid-19
controlada", afirmou à reportagem, em nota, a assessoria do prefeito
Eduardo Paes (PSD).
Na sexta-feira (1º), uma
audiência da Câmara dos Vereadores do Rio discutiu a possível realização do
Carnaval em 2022. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, sinalizou que
a capital fluminense precisa de baixas taxas de contágio por coronavírus para
poder receber o evento em fevereiro.
"A expectativa é ter
mais de 90% da população adulta carioca vacinada com a segunda dose até meados
do mês de novembro. A gente acredita que até dezembro vamos ter um panorama
epidemiológico muito diferente, se não tiver uma nova variante", afirmou o
secretário.
"Mas é uma doença nova,
tem outras variáveis que podem interferir no processo, e é preciso
cautela", acrescentou.
Na mesma audiência, o
presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro),
Jorge Perlingeiro, disse que o caminho seria adiar o desfile se houvesse
necessidade de restrições.
"Caso não possamos
realizar o Carnaval em sua plenitude no mês de fevereiro, o espetáculo será
prorrogado para julho. Não podemos reduzir o seu tamanho, nem em público,
porque assim não teremos dinheiro para bancar o evento, nem em participação dos
componentes", apontou Perlingeiro.
Representantes de blocos de
rua manifestaram preocupação com o pouco tempo de preparação e querem uma data
limite para decisão sobre a festa.
"A ciência e a vida
estão acima de qualquer decisão. Não faremos Carnaval se os órgãos públicos não
derem, em tempo hábil, o sinal verde de que há condições", afirmou Rita
Fernandes, presidente da liga de blocos da Sebastiana.
Em meio a um processo de
reabertura de atividades, o Rio passou a exigir o chamado passaporte de
vacinação. Com a medida, os cariocas precisam comprovar que tomaram a vacina
contra a Covid-19 para ter acesso, por exemplo, a academias, estádios, cinemas,
museus e feiras comerciais.
O comprovante chegou a ser
suspenso após decisão do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). A
medida, contudo, foi derrubada pelo presidente do STF (Supremo Tribunal
Federal), ministro Luiz Fux, na semana passada.
Conforme painel da
prefeitura, 99,2% da população maior de 12 anos já recebeu a primeira dose ou a
dose única da vacina contra a Covid-19. O percentual daqueles que já tomaram as
duas doses ou a dose única dos imunizantes é de 65,9%.
Na sexta-feira, a prefeitura
informou que os casos notificados por Covid-19 e os atendimentos na rede de
urgência e emergência por síndrome gripal e síndrome respiratória aguda grave
"mantêm tendência de queda sustentada". Dados atualizados neste
domingo (3) indicam que a taxa de ocupação de leitos hospitalares na rede
pública da cidade é de 48%.
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