Maurício Damacena, 20, era morador do bairro da Bela Vista, em São
Paulo.
Os corpos de um turista e de um gari foram encontrados na manhã desta
quinta-feira (28) na praia de Pitangueiras, no Guarujá, litoral de São Paulo,
onde ambos morreram afogados. O profissional de limpeza entrou no mar para
tentar salvar o banhista, que havia entrado na água por volta das 21h de quarta
(27), acompanhado de duas mulheres, mas não conseguia retornar à praia.
Maurício Damacena, 20, era morador do bairro da Bela Vista, em São Paulo. Ele
estava a passeio no litoral e entrou em um trecho do mar em que a correnteza é
forte. Ele e as duas mulheres que o acompanhavam demonstravam dificuldade para
voltar para a areia.
De acordo com o relato dos agentes do GBMar (Grupamento Marítimo do
Corpo de Bombeiros), Gabriel Stefano Silva, 25, estava trabalhando em frente à
praia de Pitangueiras quando viu os jovens em perigo. Ele entrou na água e
resgatou uma das banhistas, enquanto a outra conseguiu sair do mar sozinha. Silva
decidiu retornar para tentar salvar Damacena, mas não teve sucesso, e ambos
desapareceram. "A correnteza estava muito forte. Aquele é um dos pontos da
orla que consideramos como perigosos", explicou à reportagem o cabo Lemos,
do GBMar, que participou das operações de busca, que tiveram início pouco
depois do afogamento.
Escura, a área oferecia pouca visibilidade. Os corpos das duas vítimas
só foram encontrados, boiando, na manhã do dia seguinte ao acidente, a uma
distância de apenas 50 metros do local em que haviam sido vistos no mar pela
última vez. "Essa foi uma situação atípica", comentou Lemos.
"Tanto na rapidez do encontro dos corpos, no dia seguinte ao incidente,
quanto na proximidade das vítimas", declarou, ressaltando que, por alguma
razão, os corpos não se separaram por uma grande distância, considerando a
força das marés, como é o mais comum nesses casos.
O píer instalado na praia de Pitangueiras atrai turistas diariamente.
Apesar dos constantes avisos dos salva-vidas que atuam naquela área, e também
das placas de "perigo" instaladas na areia, muitos visitantes acabam
se arriscando em banhos noturnos, aproveitando a ausência dos guarda-vidas após
o sol se pôr.
Esse é um trecho onde as ocorrências de afogamento ou quase afogamento
são frequentes. Durante o dia, essa área da praia permanece cercada e os
salva-vidas orientam os turistas a não entrarem no mar. Mas, à noite, o
controle do acesso fica prejudicado. Parentes de Gabriel Stefano compareceram,
pela manhã, ao local do afogamento, para reconhecer o corpo. A Polícia Militar
foi então chamada e, em seguida, o corpo do gari, assim como o do turista, foi
encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) de Praia Grande.
Fonte: Folha Press.
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