Os equipamentos do aeroporto
da capital afegã foram severamente danificados
durante a caótica retirada de mais de 120.000 pessoas.
O Talibã pediu, neste domingo (26), que as companhias
aéreas internacionais retomem seus voos para Cabul, garantindo que os problemas
técnicos no principal aeroporto do país já foram corrigidos.
Os equipamentos do aeroporto
da capital afegã foram severamente danificados
durante a caótica retirada de mais de 120.000 pessoas que queriam
abandonar o país depois do retorno dos talibãs ao poder, uma operação que
terminou em agosto com a partida dos últimos soldados americanos.
Desde então, apenas voos
charter foram realizados, embora as empresas Pakistan International Airlines
(PIA), Iranian Mahan Air e Afghan Kam Air tenham realizado alguns voos
especiais.
A comunidade internacional
quer garantias de que o Talibã cumprirá sua promessa de permitir a saída de
todos aqueles que desejarem deixar o país assim que os voos comerciais forem
retomados.
Atualmente, a PIA e a Kam
Air cobram mais de 1.000 euros (cerca de US $ 1.172) por uma passagem só de ida
entre Cabul e Islamabad, que leva cerca de 40 minutos.
Mesmo a esse preço,
principalmente por conta do seguro que cobre os riscos de guerra, segundo as
empresas, a quantidade de voos programados parece não atender a demanda.
É por isso que o Talibã
deseja que os voos comerciais normais sejam restabelecidos o mais rápido
possível, disse Abdul Qahar Balji, o novo porta-voz do ministério das Relações
Exteriores.
"Muitos cidadãos
afegãos ficaram bloqueados no exterior, impossibilitados de retornar à sua
terra natal", disse ele em um comunicado.
"Além disso, muitos
outros cidadãos afegãos empregados no exterior ou estudando no exterior estão
enfrentando dificuldades para chegar ao seu destino", acrescentou.
A atividade no aeroporto de
Cabul foi retomada principalmente graças à assistência técnica do Catar,
Emirados Árabes Unidos e Turquia.
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