Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção. 


A Câmara dos Deputados derrubou nesta terça-feira (10) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que torna obrigatório o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção.

O projeto de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), previa a inclusão de um parágrafo na Constituição para a impressão de cédulas físicas conferidas pelo eleitor independentemente. As urnas eletrônicas teriam um dispositivo para imprimir o voto em papel. O tema foi levado ao plenário por Arthur Lira e já foi negado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados na última sexta-feira (6), por 23 votos a 11. Por ter caráter consultivo (e não terminativo).

Confira abaixo como votaram os deputados alagoanos:

Arthur Lira (PP): Não votou

Isnaldo Bulhões (MDB): Não

Marx Beltrão (PSD): Sim

Nivaldo Albuquerque (PTB): Sim

Paulão (PT): Não

Pedro Vilela (PSDB): Sim

Sérgio Toledo (PL): Não

Severino Pessoa (Republicanos): Sim

Tereza Nelma (PSDB): Não

O deputado Isnaldo Bulhões usou as redes sociais para falar mais sobre seu voto. “Num país onde temos milhões de desempregados, a escalada da fome e ainda muitas mortes causadas pela COVID-19, é inaceitável que um tema tão irrelevante como este tenha causado tanta comoção. Nosso sistema eleitoral é considerado um dos melhores do planeta, sendo amplamente revisto e melhorado a cada novo pleito, sendo assim a bancada do nosso partido age mais uma vez com coerência e equilíbrio e diz não ao retrocesso. Precisamos avançar!”, disse na publicação.

Através de post nas redes sociais, Tereza Nelma reforçou seu voto contrário à proposta. “Rejeitamos a PEC do Voto Impresso em Plenário por 229 x 218. Vitória para a democracia, para o Brasil. Não se faz um país melhor com ataques, com coação digital ou qualquer outro tipo de intimidação. Se faz um Brasil melhor com ideias e fatos consistentes. Eleições limpas, já!”, escreveu.

Já Pedro Vilela afirmou: “A apuração mais segura possível é fundamental para a saúde de qualquer democracia. Tudo é passível de aprimoramento. Por consequência, nossa forma de apurar o resultado das eleições também é. Por isso, votei SIM à PEC 135.”

A proposta é defendida por Bolsonaro, que tem feito ataques sem provas ao sistema eleitoral e ameaçou com a não realização das eleições em 2022 caso não fosse aprovada a matéria.