Paulista fica à frente do
Comitê Russo, que tem tradição na modalidade.
A paulista Rebeca Andrade,de
22 anos, entrou para a história da ginástica artística do Brasil ao conquistar
a prata no individual nos Jogos de Tóquio (Japão), a primeira medalha olímpica
feminina do país na modalidade, na manhã desta quinta-feira (29). Rebeca somou ao final dos quatro aparelhos
57.298 pontos, ficando atrás somente da norte-americana Sunisa Lee (57.433) e à
frente de Angelina Melnikova, do Comitê Olìmpico Russo (ROC, sigla em inglês)
que totalizou 57.199. A brasileira ainda tem chances reais de conquistar mais
medalhas nas disputas de salto e solo a partir de domingo (1º de agosto).
Rebeca já começou brilhando
na apresentação do salto, primeiro dos quatro aparelhos, com nota 15.300, a
mais alta entre todas as competidoras. Na sequência, nas assimétricas, Rebeca
cravou outra nota alta: 14.666. Depois, na trave, a ginasta conseguiu 13.566,
mas a comissão técnica entrou imediatamente com recurso, que foi aceito e a
nota revisada para 13.666.
Antes da apresentação no
solo, Rebeca estava na terceira posição geral. No último aparelho, a brasileira
cometeu dois pequenos erros (pisou fora do tablado) e obteve 13.666. O
desempenho geral nos quatro aparelhos garantiu à brasileira a medalha de prata
e o melhor desempenho feminino do país na modalidade em Jogos Olímpicos. Brasil
agora totaliza sete medalhas em Tóquio 2020.
A conquista inédita para o
país tem gosto ainda mais especial para Rebeca, que rompeu o ligamento cruzado
anterior do joelho em 2019 e teve de passar por três cirurgias. A atleta voltou
a treinar forte no início de 2020 e só veio a assegurar a vaga em Tóquio em
junto deste ano, ao vencer a prova individual
Pan-Americano de Ginástica, no Rio de Janeiro.
Rebeca Andrade se
classificou para a final do individual geral em Tóquio em segundo lugar, atrás
da favorita norte-americana Simone Biles, que desistiu da competição para se
concentrar em sua saúde mental.
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