Maurício Cunha defende a
volta às aulas presenciais de forma planejada.
O Secretário Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente defendeu a volta das crianças ao ensino
presencial, sobretudo nas escolas públicas. Segundo Maurício Cunha, que é o
entrevistado do programa Brasil em Pauta deste domingo (25), mais de 3 milhões
de crianças brasileiras não tem acesso ao ensino remoto.
“Com a pandemia, regredimos
20 anos na educação brasileira”, disse ele. Além disso, fora da escola, essas
crianças estão convivendo com problemas nutricionais (muitos tinham a merenda
como única refeição do dia), psicológicos, de violência (os professores são uns
dos principais denunciantes de violências domésticas praticadas contra
crianças) e de socialização.
O secretário disse,
inclusive, que no retorno às aulas presenciais a equipe escolar deverá estar
mais preocupada com o acolhimento dessas crianças do que com a administração de
conteúdo didático. “Nesse momento o apelo é que as crianças tenham acesso à
educação presencial de uma forma planejada, escalonada, respeitando os
protocolos de saúde, respeitando as escolhas das famílias, mas que não se prive
as crianças desse direito”, disse.
Na conversa, o secretário
também abordou sobre os 31 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
comemorados neste mês. Segundo ele, o ECA foi um marco na legislação que trata
desse público com a inauguração da doutrina da proteção integral, na qual a
criança passa a ser vista como sujeito de direitos e não apenas objeto de
intervenção.
O estatuto também trouxe o
conceito da criança em especial situação de desenvolvimento: ela tem de ser
protegida e amada. “A criança não é um pequeno adulto. Ela não tem de ser
submetida às regras do mercado de trabalho. Ela tem de estudar, ser protegida e
brincar. Temos de semear para que ela floresça na vida adulta”, disse. A
entrevista completa você confere no Brasil em Pauta, que vai ao ar às 20h30
deste domingo (25) na TV Brasil.
Fonte: Agência Brasil.
0 Comentários