Os
dados mostram um cenário de menor pressão por leitos após a alta registrada
durante os meses de maio e junho deste ano.
A
demanda por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com
Covid-19 caiu em 18 capitais brasileiras, além do Distrito Federal, ao longo da
última semana.
Os
dados mostram um cenário de menor pressão por leitos após a alta registrada
durante os meses de maio e junho deste ano. De todas as capitais, apenas
Curitiba, Campo Grande e Palmas permanecem com ocupação de leitos acima de 90%.
Na semana anterior, eram seis capitais acima deste patamar.
A
queda na demanda coincide com uma redução nas internações e mortes pela
Covid-19 entre pessoas na faixa de 60 anos, conforme apontado em reportagem do
jornal Folha de S.Paulo. O mesmo movimento já havia sido registrado entre
nonagenários e octogenários, reflexo do avanço da vacinação nessas faixas
etárias.
Também
houve queda na média móvel de mortes pela doença, que caiu para 1.603 nesta
terça-feira (20), a menor desde 9 de março.
Dentre
os 26 estados e o DF, enfrentam cenário mais crítico Paraná e Santa Catarina,
ambos com ocupação acima de 90%.
O
Paraná completou cinco meses com taxa de ocupação de UTIs acima de 90%, segundo
levantamento da Folha de S.Paulo. Nesta segunda-feira (28), 93% dos leitos para
pacientes graves estavam ocupados.
Por
outro lado, a fila de espera por uma vaga de UTI tem diminuído ao longo das
últimas semanas. Nesta segunda, era 108 pessoas aguardando por vagas o número
era três vezes maior na semana anterior.
Em
Curitiba, a taxa de ocupação se manteve em 95%, e 36 pacientes estavam na fila
por leitos menos
da metade da semana anterior. Pela terceira semana consecutiva, a prefeitura
decidiu manter a bandeira laranja, com restrições médias
sobre o funcionamento de comércio
e serviços.
Em
Santa Catarina, a taxa de ocupação de UTIs sofreu um leve decréscimo em uma
semana, de 94% para 91%. Há 20 pacientes na fila de espera por leitos.
O
cenário é considerado preocupante pelo governo do estado, sob gestão de Carlos
Moisés (PSL) que anunciou a abertura de 20 novos leitos de UTI exclusivos para
a Covid-19 na cidade de Lages, na próxima semana.
Em
Florianópolis, a situação é mais tranquila: a capital catarinense registrou 71%
de UTIs ocupadas nesta segunda e não há pacientes aguardando por vagas.
A
ocupação de leitos de UTI caiu em todas as capitais da região Centro-Oeste. A
maior redução em termos percentuais foi registrada em Cuiabá, que tinha 85% de
seus leitos ocupados na última semana e, agora, tem 64% das vagas em uso os dados incluem hospitais da Baixada.
Nenhuma
nova vaga de UTI foi aberta na semana, o que significa que houve redução no
total de pacientes internados. A queda foi verificada também no estado, que
passou de 86% para 75% dos leitos em uso.
Estado
da região que enfrenta um cenário mais grave da pandemia, Mato Grosso do Sul
conseguiu baixar o índice de ocupação de leitos para pacientes graves, chegando
a 88% nesta segunda-feira.
Com
isso, o estado, que chegou a registrar ocupação acima de 100% da sua capacidade
em meados de junho, atingiu um patamar abaixo de 90% pela primeira vez após
cinco semanas.
A
fila por leitos também diminuiu, de 95 para 32 pessoas. No dia 31 de maio, essa
fila era oito vezes maior e tinha 266 pacientes.
Na
capital, Campo Grande, a ocupação de leitos, que era de 98% na última semana,
caiu para 91% nesta segunda, dia em que havia 24 pacientes aguardando por um
leito de terapia intensiva.
No
Distrito Federal, 76% dos leitos de UTI destinados à Covid estavam ocupados na
segunda, o que representa uma queda em relação à semana anterior, quando o
índice era de 82%.
A
queda ocorreu mesmo com redução no número de leitos em operação que passou de
212 para 195 no mesmo período.
Se somados os leitos bloqueados, o total para Covid chega a 422. Ao menos dois
hospitais do DF, no entanto, ainda tinham nesta segunda 100% dos leitos de UTI
públicos ocupados.
Segundo
o chefe da Casa Civil do DF, Gustavo Rocha, com a queda recente na lista de
espera por leitos de UTI, o governo pretende agora repassar parte dos leitos
vagos e bloqueados para atendimento de pacientes com outras enfermidades.
Ele
atribui a queda na demanda à redução na média de casos nos últimos dias. A taxa
de contágio, diz, tem se mantido estável em torno de 0,93 --acima de 1, a
situação é tida como fora de controle.
Dentre
os estados do Nordeste, a única capital em que não houve queda na ocupação de
leitos foi Teresina. Na capital piauiense, o índice subiu de 64% para 73%,
reflexo da desativação de 29 leitos na última semana.
Em
Pernambuco, a taxa de ocupação de UTIs segue em queda pela terceira semana
consecutiva. Nesta terça-feira (29), o índice na rede pública estadual é de 76%
o menor percentual dos últimos quatro meses. Na capital, que
conta com grande parte da rede intensiva, a tendência é a
mesma.
Há
um mês, havia 275 doentes graves em Pernambuco aguardando o momento de acessar
uma UTI. Desde a semana passada, a fila está zerada.
O
governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), atribuiu a diminuição na pressão
do sistema de saúde ao avanço da vacinação no estado.
Tem
refletido na queda de todos os indicadores para avaliar a pandemia, disse.
Pernambuco vacinou 31% da população com
a primeira dose e 11% com a segunda dose.
Na
Bahia, a taxa de ocupação de leitos para pacientes graves caiu para 75% e
chegou a 70% em Salvador. Mesmo assim, o cenário inspira cuidados. Um dos
pontos de preocupação foi fluxo de pessoas para cidades do interior durante o
São João, mesmo com a suspensão das festas.
Infelizmente,
os números de casos e óbitos permanecem altos na Bahia, assim como a taxa de
transmissão do coronavírus. Por isso, não podemos relaxar nas medidas de
prevenção, como o uso das máscaras, afirmou nesta terça-feira (29) o governador Rui Costa
(PT).
No
Rio Grande do Norte, a taxa de ocupação de UTIs segue em recuo, depois de meses
girando em torno de 90%. A ocupação passou de 77% na semana passada, para 72%
nesta segunda.
Com
a tendência de baixa, o governo do estado iniciou um processo de planejamento
para reversão de leitos, como foi feito no fim de 2020, em momento de queda nos
números da pandemia.
Dentre
as capitais de estados do Sudeste, a cidade do Rio de Janeiro enfrenta o pior
cenário: 89% das UTIs estavam cheias nesta segunda-feira.
No
estado de São Paulo, o índice de ocupação de leitos para pacientes graves caiu
de 77% para 73% ao longo da última semana.
Após
um mês e meio com mais de dez mil internados em UTIs para Covid-19, o estado
somou na segunda-feira 9.981 pessoas, de acordo com a Secretaria Estadual da
Saúde.
A
demanda de transferências para casos de Covid-19 registrou queda de 60% em
comparação ao pico da segunda onda. Atualmente, são cerca de 600 pedidos por
dia, contra 1,5 mil em abril de 2021.
Na
capital paulista, a taxa de ocupação de leitos UTI marcou 62% nesta
segunda-feira, com 895 internados. Na segunda anterior (21), a ocupação era de
71%, com 1.017 hospitalizados.
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