Iniciativa é inédita em Alagoas e uma das poucas no Brasil; são 342 vagas exclusivas para universalizar presença dos profissionais da educação especial.
Aquele
que já é considerado o maior concurso da história da Secretaria de Estado da
Educação (Seduc), com 3 mil vagas, traz também uma novidade: pela primeira vez
serão ofertadas vagas exclusivas para professores atuarem na educação especial.
As 342 vagas disponíveis vão possibilitar que cada escola da rede estadual
tenha um profissional que atue na inclusão de alunos com deficiência.
De
acordo com o edital, para se inscrever, é preciso ter licenciatura em Pedagogia
e Especialização em Educação Especial fornecida por instituição de ensino
superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC). As inscrições já estão
abertas, custam R$ 95 e poderão ser efetuadas até 20 de agosto no site http://www.cebraspe.org/concursos/
O
secretário da Educação, Rafael Brito, diz que o concurso vai fortalecer o
Atendimento Educacional Especializado (AEE) nas escolas da rede estadual. “Pela
primeira vez, toda escola terá um servidor com esse foco, atendendo os alunos e
dando apoio aos professores. A quantidade de vagas disponibilizadas neste
concurso fará com que Alagoas seja um dos poucos estados do país a
universalizar a presença desse professor nas instituições”, afirma o secretário.
O
concurso é uma das várias ações que a pasta empreenderá para o fortalecimento
da educação inclusiva na rede estadual. “A nossa política será a implantação de
salas de recursos em todas as escolas, AEE acontecendo, profissionais
selecionados via concurso, formações da Seduc e Gerências Regionais de
Educação, auxiliares de sala acompanhando os alunos, dentre outras ações”,
adianta o superintendente de Políticas Educacionais da Seduc, Ricardo Lisboa.
A
inclusão de vagas para a educação especial no concurso da Seduc foi bem
recebida tanto entre os gestores dos centros especializados quanto das escolas
da rede estadual.
Para
Josefa Vieira Silva Bezerra, diretora da Escola Estadual Almeida Cavalcanti, de
Palmeira dos Índios, a ação fortalece a educação inclusiva. “Atualmente, temos
quatro alunos que apresentam demandas diversas, que vão desde o autismo à
deficiência visual. Temos auxiliares de sala que fazem um trabalho belíssimo
com eles e a vinda desses profissionais do concurso fortalecerá ainda mais esse
trabalho. E, dessa forma, pela inclusão na educação, podemos ter uma sociedade
melhor”, afirma a educadora.
Flávia
Barboza, diretora do Centro de Atendimento à Pessoa com Surdez Joelina
Cerqueira (CAS), tem pensamento similar. “O concurso é muito importante, pois,
pela primeira vez, temos esse olhar para o público da educação especial. Esses
professores, que serão lotados nas escolas, trabalharão em parceria conosco,
que atuamos nos centros, inclusive por meio de ações como formações. O Governo
de Alagoas e a comissão organizadora do certame estão de parabéns pela
iniciativa”, elogia.
Processo
seletivo
Além
do concurso, a Seduc realiza processo seletivo para a contratação temporária de
profissionais que atendem a demandas específicas dos centros de educação
especial nas áreas de deficiência visual, auditiva e cognitiva. Agora, a
próxima etapa da seleção será a prova prática com os candidatos aos cargos de
intérprete/instrutor de Libras, ledor/transcritor de Braille e monitor de
sorobã.
“Nossos
três centros de educação especial – CAS, Cyro Accioly e Wandette de Castro –
possuem, cada um, necessidades muito específicas e que exigem recursos e
atividades diferenciadas. Os profissionais aprovados nesse processo seletivo
darão suporte justamente a esse trabalho”, informa Jedalva Santos, diretora do
Centro Cyro Accioly.
Fonte:
Agência Alagoas.
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