Imunização está acontecendo por agendamento on-line, em três pontos, nas
cidades de Maceió e Arapiraca.
A esperança do povo alagoano em vencer a pandemia do novo coronavírus se
renova a cada dose aplicada. Mais uma vez a Campanhade Vacinação contra a
Covid-19 avançou em Alagoas, com o início da imunização de gestantes, puérperas
e transplantados, utilizando as 7.020 doses da vacina da Pfizer, enviadas pelo
Ministério da Saúde (MS).
O imunobiológico está sendo destinado a imunizar gestantes e puérperas
com comorbidades, a partir de 18 anos de idade; gestantes e puérperas sem
comorbidades, a partir dos 35 anos; e pessoas transplantadas a partir dos 18
anos. Esse grupo prioritário está sendo imunizado, mediante agendamento no
endereço eletrônico covid19.saude.al.gov.br/agendavacina, em três pontos de
vacinação definidos pela Sesau.
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Em Maceió, a vacinação está ocorrendo no Hospital Metropolitano de
Alagoas (HMA) e no Hospital da Mulher (HM). Já em Arapiraca, a vacina está
sendo aplicada na Central Regional de Armazenamento e Distribuição de
Imunobiológicos, localizado na Rua Maria Xavier de Melo, 102, bairro Cavaco, em
Arapiraca.
Orientação – A médica infectologista do Hospital Metropolitano de
Alagoas (HMA), Glauciane Fernandes, explica que foram feitos estudos com a
vacina da Pfizer e o imunobiológico é seguro para as gestantes e puérperas,
trazendo imunidade contra a doença, tanto para a mulher como para o bebê.
“As gestantes, puérperas e transplantados possuem um sistema imunológico
fragilizado em decorrência da condição de saúde deles e, por causa disso, os
pacientes desse grupo prioritário apresentam maiores complicações em
decorrência da Covid-19. Com a aplicação da primeira dose, caso esse público
alvo venha contrair o vírus, eles terão a forma mais leve da doença, evitando
também a hospitalização”, salientou.
Ainda segundo a médica, outra vantagem para as mamães é saber que, de
acordo com testes, certa quantidade de anticorpos passa para a criança através
do leite materno e via placenta, protegendo o bebê. “Mas, para ter a imunidade
completa com a vacina da Pfizer, é preciso receber a aplicação de duas doses,
com um intervalo de 12 semanas”, pontuou.
Hospital Metropolitano – No primeiro dia de vacinação deste grupo
prioritário, a puérpera Emanuelle Albuquerque, de 35 anos, mãe do pequeno João
Vinicius Albuquerque, de apenas 18 dias de vida, foi ao Hospital Metropolitano
de Alagoas e recebeu a primeira dose da vacina Pfizer. Segundo relatou, a
ansiedade era tão grande que, na noite anterior, chegou a ter pesadelo. Ela
sonhou que o marido, Bruno Pessoa, não tinha conseguido levá-la até a unidade
hospitalar para ser vacinada.
“Estamos muito felizes, sou imensamente grata a ciência, grata ao SUS
[Sistema Único de Saúde]. A gravidez do Vinícius foi planejada, mesmo em meio à
pandemia, e não foi fácil ter que ir em hospitais para fazer os exames, mas,
sempre tomamos os cuidados necessários e não contraímos o vírus”, ressaltou.
A mamãe ainda evidenciou o sentimento de também estar imunizando o
filho. “Essa é a alegria de toda mãe. Hoje estou aqui recebendo a vacina e
protegendo o meu garotinho. O meu desejo é que mais pessoas possam ser
imunizadas para sentir o que estou sentindo agora. Mas, enquanto esse dia não
chega, precisamos continuar com o uso de máscara, higienização das mãos e
distanciamento social. É isso que vamos continuar fazendo, mesmo depois de ter
tomado a primeira dose da vacina”, disse Emanuelle Albuquerque, que é
professora universitária.
Quem também não perdeu tempo e foi ao HMA em busca de proteção contra a
Covid-19, logo no primeiro dia da vacinação, foi Ítalo Marques, de 28 anos,
transplantado há nove. “É um alívio enorme estar sendo imunizado. Durante toda
a pandemia fiquei cauteloso, sempre tomando os cuidados necessários, mas, no
começo do ano fui diagnosticado com a Covid-19, foram somente sintomas leves e,
hoje, estou curado. O avanço da vacinação nos faz ter esperança em que dias
melhores virão e, aos poucos, vamos poder voltar à normalidade”, salientou,
esperançoso.
Hospital da Mulher – No HM, Marina Francelino da Silva, de 23 anos, foi
uma das primeiras a receber a vacina da Pfizer, que tem uma taxa de 92% de
eficácia no combate ao novo coronavírus. Aos 12 anos, a jovem foi diagnosticada
com ceratocone, doença ocular caracterizada pelo afinamento da córnea, que
perde a sua forma original arredondada e passar a ter um formato de cone. Com a
visão debilitada, ela teve que ser submetida a um transplante de córnea no olho
esquerdo há um ano e dois meses.
“É muito importante tomar a vacina, pois a gente que tem o ceratocone
fica coçando os olhos o tempo todo. Me operei de um olho, mas falta fazer a
cirurgia do outro. Embora a principal via de contágio seja respiratória, os
nossos olhos podem servir tanto como porta de entrada, quanto como reservatório
do novo coronavírus”, disse Marina, que é técnica de enfermagem, mas, devido a
doença, nunca pôde exercer sua profissão.
“A gente sabe que a vacina é uma garantia maior para o nosso organismo,
a fim de que ele fique protegido contra essa doença. Quem tiver a oportunidade
de ficar imunizado, faça isso. A imunização não ajuda só você, mas sua família
e toda a população”, disse José Nivaldo, de 52 anos, que é um transplantado
cardíaco há quatro anos.
O sentimento de felicidade também foi compartilhado pela futura mamãe
Liana Lamenha, de 40 anos, que está com 32 semanas de gestação. Ela, que já é
mãe de dois meninos, espera, ansiosa, por Vinícius, que será seu terceiro
filho.
O Dia das Mães, celebrado no domingo (9), será, para Liana, um momento
muito especial. Primeiro, pelo fato de ela carregar em seu ventre uma criança
e, segundo, em razão de ela já ter recebido a primeira dose da vacina Pfizer.
“Não tinha presentes melhores para eu ter neste momento da minha vida: meu
filho e a vacina. É uma emoção indescritível. Esperei muito por esse momento e,
graças a Deus, ele finalmente chegou”, contou ela, emocionada.
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