Seis presos durante a
operação já cumpriam pena e seriam do PCC.
A Polícia Federal do Rio prendeu hoje (25), 20
criminosos de uma facção criminosa que age em São Paulo e estaria se aliando a
duas facções criminosas do Rio de Janeiro, com ramificações em outros estados
da federação para estender a venda de drogas e outros crimes. A Operação
Expurgo foi deflagrada visando cumprir 27 mandados de prisão preventiva e 10
mandados de busca e apreensão em seis estados da federação: Rio de Janeiro, São
Paulo, Pernambuco, Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul.
Dos 20 mandados de prisão
cumpridos pelos agentes federais, 14 já estavam presos e tomaram ciência do
novo mandado de prisão na cadeia. Seis estavam soltos e foram presos, sendo um
no bairro de Realengo, no Rio de Janeiro; dois em São Paulo; dois em Minas
Gerais; e um no Pará. Outros seis presos durante a operação estavam cumprindo
pena no presídio Esmeraldino Bandeira, em Bangu e seriam do Primeiro Comando da
Capital (PCC) de São Paulo, presos no Rio.
Os mandados foram expedidos
pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Bangu, região onde fica a investigação
sobre as atividades criminosas de lideranças e dos principais integrantes de
uma facção do crime organizado que atua em âmbito nacional. Mais cedo, a
Polícia Federal tinha informado que os mandados de prisão tinham sido expedidos
pela 2ª Vara Criminal de Bangu, mas, à tarde, retificaram a informação.
As investigações, iniciadas
em dezembro de 2018, apontaram que os líderes da organização objetivavam
expandir sua atuação no estado do Rio de Janeiro, inclusive, contando com
aproximação e parceria de outras facções criminosas já atuantes no estado do
Rio.
As diligências identificaram
que os líderes do PCC, mesmo já presos, desempenhavam a “gestão criminosa” de
dentro de presídios estaduais, de onde replicavam ordens e tomavam decisões a
exemplo dos chamados “salves”, dados pela cúpula da organização, haja vista o
que ocorre nos presídios de São Paulo.
A rede criminosa mostrou-se
estruturada e organizada com base na hierarquia e disciplina, regidas por
”estatuto” e “dicionário disciplinar” próprios que estabeleciam condutas,
protocolos a serem seguidos e até a aplicação de sanções em caso de
descumprimento das determinações.
Contato
As investigações da Polícia
Federal apontaram que a comunicação da organização criminosa era facilitada
pelo uso de aplicativos e orientava a divisão de tarefas, permitindo a definição
de atividades diárias, a realização de debates e a tomada de decisão; bem como
a difusão de diretrizes a serem adotadas pelos membros e o monitoramento das
atividades das forças de segurança estaduais.
Fonte: Agência Brasil.
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