Meta
é realizar exames em 22% da população brasileira.
O Ministério da Saúde
anunciou nesta quarta-feira (6), em entrevista coletiva em Brasília, o plano de
testagem da população como parte das estratégias de prevenção e combate à
pandemia do novo coronavírus. A iniciativa foi construída em parceria com
secretários estaduais e municipais de Saúde e tem como meta realizar exames em
22% da população brasileira.
O governo já havia anunciado
a meta de adquirir 46 milhões de testes. O número não foi alterado. Em maio, a
estimativa do ministério é chegar a 1,5 milhão de testes encaminhados aos estados
e municípios. O cronograma prevê mais 4 milhões em junho, outros 4 milhões em
julho, 3,2 milhões em agosto, 3,1
milhões em setembro, 3,1 milhões em outubro, 3,1 milhões em novembro e 3
milhões em dezembro.
“Temos capacidade instalada
de 2,7 mil testes por dia. Com essa estratégia, vamos chegar a quase 70 mil
testes por dia”, declarou o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson de
Oliveira, durante a coletiva.
O programa é divido em duas
ações. A primeira, batizada de Confirma Covid, abarca o teste laboratorial
chamado RT-PCR. No total, o intuito é comprar 24 milhões desta modalidade de
teste, adequada para pessoas que apresentam sintomas até o oitavo dia desde a
infecção.
“Do total, 68% dos casos com
tosse e cansaço. São sintomas leves que parecem comuns a gripes. A partir deste
momento, a pessoa vai realizar o teste RTPCR, que coleta no nariz e manda paro
laboratório. Esse teste identifica o vírus. A partir do oitavo dia, o teste
pode dar negativo, porque número de vírus vai caindo muito”, explicou
Oliveira.
Para os pacientes com a
covid-19, fica mantido o protocolo já divulgado pelo Ministério da Saúde. Com
sintomas de síndrome gripal, a pessoa deve permanecer em casa por 14 dias. Caso
o quadro evolua para outros sintomas, como dificuldade de respirar, pressão no
peito, cor azulada no lábio ou rosto ou saturação de oxigênio abaixo de 95%, é
preciso buscar a internação.
Se o indivíduo não chegar a
essa situação, mas os sintomas persistirem, a partir do oitavo dia, deverá ser
realizado o teste sorológico, utilizando o dedo. O governo pretende adquirir 22
milhões de kits desse procedimento. Ele identifica os anticorpos produzidos
para combater o vírus, não a carga viral.
Esse tipo de exame contribui
para o monitoramento da disseminação da pandemia no país, incluindo a
velocidade de expansão, além de mapear as infecções sem sintomas.
Em capitais e cidades com
mais de 500 mil habitantes, serão instalados postos de testagem rápida (que
alguns estados vêm apelidando de drive thru, em referência a lanchonetes que
disponibilizam o serviço de entrega de um produto sem que a pessoa saia do
carro).
De acordo com o Ministério
da Saúde, além das testagens, a análise continuará sendo feito a partir do
contato com pacientes por meio eletrônico, como pelo telefone ou por
aplicativos. A pasta vem desenvolvendo com o Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE) um levantamento nos moldes da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílio (Pnad) para avaliar domicílios ao longo dos próximos três
meses.
Fonte: Agência Brasil.