Conclusão
é de estudo feito por pesquisadores em Hong Kong.
Uma combinação de três
medicamentos antivirais, em conjunto com um impulsionador do sistema
imunológico, pode ajudar alguns pacientes com covid-19 a melhorar mais
rapidamente da infecção. A conclusão é de um estudo feito por médicos em Hong
Kong.
Kwok-Yung Yuen e colegas da
Universidade de Hong Kong têm testado os medicamentos ritonavir e lopanivir,
habitualmente usados em pacientes com HIV, juntamente com o antiviral ribavirin
e outra medicação utilizada em doentes com esclerose múltipla.
Os pacientes submetidos a
esses testes tinham sintomas ligeiros ou moderados e foram tratados sete dias
depois de teste positivo para a covid-19. De acordo com os pesquisadores, a
combinação de medicamentos fez com que os infectados se sentissem melhor após
quatro dias. Os médicos acrescentaram que os efeitos colaterais foram muito
poucos.
Além disso, os pacientes que
receberam esse coquetel de medicamentos tiveram teste negativo para a covid-19
depois de sete dias de tratamento, em média. Aqueles que receberam apenas os
medicamentos para o HIV e não os restantes, tiveram teste negativo após 12
dias.
“A tripla terapia antiviral
foi segura e superior à administração de apenas ritonavir e iopanivir,
conseguindo aliviar sintomas e encurtar a disseminação do vírus no corpo,
reduzindo ainda o tempo de internamento dos pacientes com sintomas ligeiros a
moderados”, diz o estudo publicado na revista científica Lancet.
Atualmente, o único
medicamento autorizado para o tratamento de doentes com covid-19 é o antiviral
remdesivir, que também tem ajudado na recuperação. Muitos hospitais queixam-se,
porém, de não terem acesso a esse remédio.
Peter Chin-Hong, médico que
cuida de pacientes com covid-19 na Califórnia, acredita que o estudo oferece
esperança na luta contra a pandemia. “A investigação é muito refrescante porque
nos diz que o remdesivir não é o único medicamento que existe e que pode haver
outras opções disponíveis”, afirmou.
“Esses medicamentos têm
longo histórico de segurança”, explicou. “Talvez possamos usufruir deles
enquanto não houver uma solução mágica”.
Muitos grupos de cientistas
estão, neste momento, testando combinações de medicamentos que possam ser
eficazes contra a covid-19, apesar de todos concordarem que essa não será uma
cura para a doença.
“Com a covid-19, não temos o
luxo do tempo”, considerou Chin-Hong. “Esse é um dos casos em que estamos a
ensinar novos truques a velhos medicamentos. Não temos tempo para produzir
racionalmente um medicamento do início ao fim, porque a crise está ocorrendo
agora. Temos de usar aquilo que já temos”.
O novo coronavírus já
infectou quase 4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais 274 mil
morreram. O número de recuperados é agora superior a 1 milhão.
Fonte:
Agência Brasil.