Profissionais impediram a entrada de um policial que estava com uma moradora da cidade e um grande tumulto foi registrado.


Confusão, bate boca, disparo de arma de fogo e prisão foram uns de mais um episódio marcado na Barreira Sanitária no município de Pariconha, no Sertão de Alagoas. Toda a situação ocorreu na noite desta quarta-feira, 29, na Rodovia Luiz Falcão, no Povoado Marcação. Na situação, um pariconhense acabou sendo preso, ele foi identificado como Wellington de Lima Silva.

Diante de toda essa a situação, a reportagem do italotimoteo.com.br esteve na cidade nesta quinta-feira, 30, ouvindo pessoas envolvidas na situação.

A confusão:

As informações obtidas pela reportagem apontam que a confusão se iniciou depois que um Agente da Polícia Civil que estava acompanhado de uma moradora de Pariconha foi impedido de entrar pelos profissionais da saúde. O policial conversou com a reportagem e explicou o ocorrido.

“Eu apenas estava levando uma moça que trabalha em minha residência para o Povoado Burnil, onde reside com meus pais, mais cedo eu havia passado para busca-la e não houve nenhum problema, porém quando retornava fui impedido. Nessa situação, tentei resolver de forma pacífica, mas fui intimidado por um PM da reserva que efetuou um disparo de arma de fogo. Mediante a situação dele, acionei a Delegacia de Polícia Civil de Delmiro Gouveia para que as medidas necessárias fossem tomadas.” Destacou.

Autor do disparo:

O autor do disparo é um Policial Militar da reserva que estaria contratado pela Prefeitura de Pariconha para atuar na segurança da Barreira Sanitária. Ele foi intimado pelo delegado Daniel Mayer a prestar depoimento nesta quinta-feira, 30, porém as informações obtidas é que ele não se apresentou. Uma advogada que disse ser prestadora de serviço do município esteve na delegacia, mas nada foi feito. Já nesta sexta-feira, 1, o homem se apresentou com a advogada e prestou depoimento ao delegado regional.

Agressão:

Durante a discussão, um homem identificado como Wellington que é morador de Pariconha, tentou passar pela barreira, mas acabou sendo surpreendido pelo chefe da guarda municipal, o também policial da reserva, Assis Lima. Nesse momento, Assis alega que foi agredido verbalmente e desacatado pelo homem, diante disso ele usou da força para conter o homem que acabou sendo preso por embriaguez ao volante e desacato.

Versão da família e de testemunhas:

Familiares de Welington e testemunhas negaram que ele agrediu verbalmente e desacatou o chefe da GCM, eles contaram que o homem tentou apenas passar pela barreira e foi surpreendido com a ação do policial. Ouça as entrevistas:
  
O que a Prefeitura diz:

A Prefeitura de Pariconha, através de sua Assessoria de Comunicação chegou a acenar que iria emitir uma nota, porém até a publicação dessa matéria, nada foi enviado.

Desabafo:

A esposa de Welington, não quis gravar entrevista, mas ela enviou uma nota lamentando o ocorrido. “Eu como mãe me sinto indignada pela situação a qual meu filho de 12 anos foi exposto: presenciou agressões físicas e verbais contra o próprio pai. Estas agressões foram cometidas pelo indivíduo que estava prestando serviço de segurança ao município de Pariconha, cujo nome é Assis. Após esse episódio de abuso de autoridade, meu esposo foi detido e a criança ficou sozinha na barreira, e as autoridades não providenciaram o contato com um familiar responsável para ir buscar a criança, que chegou em casa na garupa de uma moto, sem uso de capacete, nervoso, chorando muito, sem querer se alimentar. Foi necessário até fazer uso de medicação pra acalmar. É como esposa da vítima desse ABUSO DE PODER do funcionário, reprovo totalmente as medidas violentas e desproporcionais que estão sendo tomadas, espero que a justiça seja feita e que isso não venha ocorrer com nenhum outro cidadão do município.”

Desfecho: 

Devido a repercussão, o delegado Daniel Mayer informou que na próxima semana irá intimar testemunhas e irá ouvir todos os envolvidos para que possa tomar uma decisão.