O governador contou que está estudando mais obrigatoriedades a serem anunciadas no novo decreto, em decorrência do número crescente de casos.



Durante entrevista coletiva à imprensa nesta sexta-feira (17), o governador Renan Filho (MDB) afirmou que o governo está trabalhando para ter cerca de mil leitos, sendo 700 de internação e 300 de UTIs, e que seguirá com as medidas de isolamento social, até o mês de maio, quando está prevista a inauguração do Hospital Metropolitano. “O estado tem que se preparar para salvar vidas”, destacou, acrescentando que hoje já existem 261 leitos, entre públicos e privados.

O governador contou que está estudando mais obrigatoriedades a serem anunciadas no novo decreto, em decorrência do número crescente de casos: “Vamos ter medidas novas de uso de máscaras e outros procedimentos... Estamos ouvindo o Ministério da Saúde, os governadores do Nordeste, setores da economia e da saúde, no entanto vamos seguir a rota que a humanidade segue e o que a OMS e o MS seguem, principalmente até adequar a nossa rede hospitalar na capital e no interior”.

“Esse trabalho é um dos maiores desafios que tive na gestão pública e quem tem que tomar as decisões precisa ter humildade para ouvir e tomar medidas que protejam a população”, prosseguiu, reforçando que vai utilizar o que permite a legislação para salvar vidas.

Ainda sobre a quantidade de leitos, Renan Filho afirmou que faltam alguns respiradores, “mas 75% estão com todos os equipamentos. Vamos mais do que dobrar os leitos, porque estávamos construindo cinco hospitais... E avaliamos construir outro equipamento semelhante ao do Sesi, no interior, para fazer a testagem de pessoas com sintomas de gripe”,  pontuou, acrescentando que “o legado do Covid-19 vai deixar a saúde pública mais estruturada, principalmente o público paciente do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Já a distribuição das 200 mil cestas básicas ocorrerá em quatro etapas, sendo a primeira iniciada neste sábado, 18. Segundo ele, caso haja aglomeração de pessoas nos municípios que ficarão responsáveis pela entrega, será feita outra logística para atender quem precisa.

Acerca do decreto de calamidade pública, o governador lembrou que Alagoas foi um dos últimos estados a adotar a medida, segundo ele, “essencial para poder fornecer condições que possibilitem o enfrentamento do coronavírus”.

Sobre os testes para o coronavírus, Renan falou que “o Brasil está testando pouco e Alagoas ampliou esse número, agora com a chegada dos 13 mil testes que serão utilizados na capital e no interior”.

“As pessoas não compreendem as medidas tomadas, mas isso aconteceu para não propagar a doença e precisamos isolar o vírus para evitar que muitas pessoas se contagiem. Obviamente todo governante quer as cidades bombando e trabalhando, porém se não agirmos com precaução iremos perder muitas vidas e esse debate toma conta do Brasil”, justificou Renan, destacando o trabalho dos profissionais da saúde pública.

“Precisamos manter o fundamento do que temos feito, pois no mundo as pessoas ainda não sabem quantos leitos serão necessários e aqui em Alagoas vamos criar o maior número que pudermos”, finalizou.

Fonte: Cada Minuto.