Fatos
contra os prefeitos de Ouro Branco e Palmeira dos Índios têm atenção e trabalho
sigiloso da Polícia Civil.
Em função de matérias
veiculadas em um jornal e um site, neste final de semana, com a informação de
que pistoleiros teriam sido contratados para matar os prefeitos dos municípios
de Ouro Branco e de Palmeira dos Índios, a Polícia Civil de Alagoas esclarece
que vem trabalhando de forma sigilosa nos dois casos, sem alarde e com a
prudência que cogitações, nesse tipo de situação, requerem. A cautela visa não
expor desnecessariamente, nem alardear especulações, objetivando resguardar a
integridade física e psicológica das pessoas citadas, sem antes ter a devida
comprovação ou não.
A Polícia Civil (PC) de
imediato registrou o Boletim de Ocorrência (BO) e iniciou as investigações para
apurar a ocorrência de tiros contra o carro do prefeito de Ouro Branco, Edimar
Barbosa, ocorrida na noite de quinta-feira (11), próximo ao povoado Capiazinha,
naquele município do Sertão alagoano.
O delegado Hugo Leonardo,
regional de Santana do Ipanema, foi designado pelo delegado-geral Paulo
Cerqueira, por meio de portaria publicada no Diário Oficial, para ficar
responsável pela investigação do caso. Ele disse que além do prefeito Edimar,
várias pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil.
O fato contra o prefeito
aconteceu em uma área da zona rural com pouca iluminação, a princípio sem
testemunhas, dando um grau de dificuldade maior quanto ao levantamento de
provas que contribuam para o esclarecimento do episódio de forma mais célere.
O delegado disse que mesmo
assim, desde o início, nenhuma linha de investigação é descartada podendo até
ser uma tentativa de assalto, possibilidade também investigada pela polícia
judiciária alagoana. No entanto, Hugo Leonardo esclarece que o inquérito
policial deve ser concluído nos próximos dias.
“Já foram ouvidas várias
pessoas e não há nenhum elemento de prova que indique atentado contra o
Prefeito”, frisou o delegado regional de Santana do Ipanema, Hugo Leonardo.
De acordo ele, as
investigações indicam que o episódio foi uma tentativa de roubo e, por
coincidência, a vítima que ia passando pela estrada vicinal da zona rural de
Ouro Branco, já na divisa com Pernambuco, no dia do fato foi o prefeito do
município.
“Até o momento não há nenhum
elemento de prova que evidencie que o ocorrido contra o prefeito Edimar
tratou-se de um crime de conotação política”, esclareceu o delegado Leonardo.
“No entanto, as
investigações continuam, pois, qualquer cidadão que tentar infringir as leis
atentando contra qualquer pessoa, seja autoridade pública ou não, será punido
no rigor da lei”, destacou.
O delegado Hugo Leonardo
enfatizou ainda que a Polícia Civil segue firme nas investigações com o
objetivo de obter os detalhes pormenorizados do ocorrido, e apresentar, com a
maior brevidade possível, as causas e os autores desse fato.
Palmeira
dos Índios
A situação citando o
prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar, tem tido a mesma atenção da
Polícia Civil para se chegar à verdadeira natureza dos fatos, com a mesma
cautela utilizada no caso anterior.
A investigação está sob a
responsabilidade do delegado Cayo Rodrigues, da Seção Especial de Roubo a Banco
(SERB). Ele disse que a PC de Alagoas realmente investiga a existência de um
suposto plano de assassinato do prefeito de Palmeira dos Índios.
“Ciente de sua função
social, não só de repressão, como também de prevenção à prática de crimes, a
Polícia Civil, mesmo diante da lacuna do ordenamento jurídico, que não prevê
sanção penal para a conspiração para a prática de homicídio, imediatamente
iniciou diligências no sentido de confirmar ou não a existência do aludido
plano, assim como passou a acompanhar os envolvidos”, disse o delegado Cayo
Rodrigues.
Ele frisa que em razão do
necessário sigilo do trabalho investigativo, e até para evitar uma exposição indevida
e precipitada de pessoas, não se pronunciará em detalhes sobre o fato, que
continuará sendo trabalhado pelas equipes policiais, e afirma que não houve uma
tentativa de homicídio.
O delegado Cayo disse que as
investigações fizeram com que a PC realizasse, até o momento, diligências e
vários levantamentos nas cidades de Arapiraca e Palmeira dos Índios, em
Alagoas, e no município de Bom Conselho, no interior de Pernambuco.
O secretário de Segurança
Pública, Lima Júnior, e o delegado-geral da Polícia Civil, Paulo Cerqueira, têm
acompanhado os casos e dado todo o apoio necessário para o esclarecimento dos
fatos.