O sobe e desce dos valores
dos combustíveis registrado nos últimos meses e a alta taxa de impostos que
compõem os preços têm levado muitos donos de postos a passarem seus pontos ou
simplesmente fecharem as portas em Alagoas.
A afirmação é de um grupo de
empresários do setor, alertando que só nesses primerios dois meses de 2019,
dezesseis postos de combustíveis fecharam em Alagoas, 6 deles em Maceió e
região metropolitana. Outros 26 estariam à venda, segundo os proprietários.
Além dos impostos, os
proprietários apontam outros fatores que estão tirando o sono do setor. “Temos
um sistema que registra nossos pedidos pela internet. Quando a Petrobrás
anuncia redução nos custos, muitas vezes entramos no programa para fazer pedido
e o preço não só não cai, como está mais alto”, comentou um dos empresários
ouidos pelao TNH1.
Como exemplo, o TNH1 teve
acesso a cinco pedidos feitos na distribuidora BR, no período de 11 a 20 de
fevereiro deste ano e percebeu um aumento de R$ 0,15 no preço da gasolina e R$
0,07 no etanol. Neste período, a Petrobrás anunciou uma queda nos preços, o que
fez com que os consumidores cobrassem o repasse. “Nossas despesas não estão
fechando, por isso grande parte está querendo vender o posto, até os que estão
no mercado há mais de 30 anos”, salientou.
SINDICOMBUSTÍVEIS-AL
CONFIRMA CRISE NO SETOR
O Sindicato do Comércio
Varejista de Derivadosde Petróleo do Estado de Alagoas, o
Sindicombustíveis-AL., reconhece a crise apontada pelos empresários do setor.
Em nota, a entidade ressalta
a crise na revenda, mas afirma não ter levantamento sobre o número de postos
fechados.
"O Sindicombusíveis
confirma a existência de uma crise no setor com o fechamento de diversas
empresas. A sensação da categoria é de que realmente há uma crise na revenda,
porém a entidade não possui dados formais que apontem a quantidade de postos
que encontram-se fechados no Estado. Mas a situação é visível e se reflete em todos
os municípios."
MONITORAMENTO DO PROCON
Em contato com o Procon
Maceió, a reportagem confirmou que o órgão já está a par da situação e que
solicitou as notas de compra para os postos, a fim de acompanhar o processo de
perto.
A reportagem conversou
também com o assessor comercial da BR em Alagoas, Ricardo Lima, que informou
não poder comentar as questões comerciais da distribuidora.
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