A Polícia chegou até à autora do crime através de uma denúncia anônima; o corpo da vítima estava enterrado no quintal da idosa.

Jussara Luzia Fernandes, 62 anos, confessou em depoimento na Delegacia de Homicídios de São Paulo, que matou o seu companheiro Alex Sandro da Silva Rocha de 21 anos de idade, natural de Canindé do São Francisco (SE). Ela alega legítima defesa — versão descartada pelo delegado que investiga o caso, devido à dinâmica do crime.

Uma denúncia anônima levou policiais de São Paulo até a residência de Jussara — os agentes se depararam com uma terra recém-cavada no quintal da suspeita. Ao questionar a dona da casa, ela disse que enterrou um cachorro que havia morrido. Não conformados, os agentes abriram parte da cova, e se depararam com o corpo de uma pessoa.

Os policiais acionaram o Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo para remover o cadáver, que foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização da necropsia. Esteve também presente a Polícia Científica que realizou os trabalhos de praxe. E apontou que a vítima sofreu 40 perfurações pelo corpo, feitas com objeto perfurocortante.

De acordo com as investigações, o filho da professora tinha conhecimento do crime e teria orientado a mãe a não procurar a polícia imediatamente, sugerindo que esperasse alguns dias antes de se entregar, para fugir do flagrante. No entanto, ela foi presa por ocultação de cadáver.

Jussara pagou R$ 50 a um homem para cavar o buraco no quintal, dizendo que pretendia enterrar um animal de estimação. O trabalhador prestou depoimento e não é considerado suspeito, pois não sabia que se tratava de um corpo humano.

A autora do crime deverá responder por homicídio e ocultação de cadáver e deve passar por audiência de custódia, onde o juiz decidirá pela revogação ou manutenção da prisão. A Polícia Civil está analisando se irá tipificar o filho da autora por omissão.

O caso gerou muita repercussão na cidade de Canindé do São Francisco — de onde Alex Sandro é natural — o seu corpo está em traslado funerário, para que familiares façam as cerimônias de velório e sepultamento.

Fonte: Fluxo Alagoas