Governador não cansa de falar quando vem a Delmiro: “Tudo que eu fizer por Delmiro será pouco, pelo que essa cidade fez por mim”.


Em 2022, Paulo Dantas foi eleito governador com uma votação expressiva em Delmiro Gouveia, onde conquistou 20.564 votos, equivalendo a 81% dos votos válidos. No entanto, um ano após o pleito, o município sertanejo enfrenta um cenário de abandono, com obras estaduais paradas ou em ritmo extremamente lento. Em seu discurso, Dantas havia prometido que os projetos não sofreriam interrupções, mas a realidade nas ruas e estradas de Delmiro Gouveia conta outra história.

Entre os exemplos mais evidentes estão a pavimentação do povoado Alto Bonito, onde a obra de 7 km deveria ter sido concluída em 2023, mas encontra-se abandonada. A parte já construída deteriora-se rapidamente, resultado da falta de continuidade e manutenção. No acesso ao distrito de Lagoinha, ocorre uma situação semelhante: o trabalho se alterna entre pequenas intervenções e longas paralisações, deixando o que foi feito sujeito ao desgaste.

O quadro se repete em Sinimbu, onde a pavimentação da estrada local, prevista para 2023, avança a passos lentos. Ainda mais crítico é o caso do matadouro público, uma construção que prometia atender o Alto Sertão, mas cujas instalações já mostram sinais de degradação devido à inatividade. Obras anunciadas, como o curral do gado e o CEASA, não saíram do papel.

A lista de projetos inconclusos inclui a ciclovia, a feira livre, o centro de convenções, o estádio de futebol da Pedra Velha, o projeto “Pró Estrada”, “Minha Cidade Linda”, o km 98 e a rota dos Cânions. Todos receberam a contrapartida municipal, mas seguem inacabados. A população de Delmiro Gouveia questiona: quando o governador vai cumprir as promessas feitas à cidade? 

A resposta agora depende de Paulo Dantas, que parece ter deixado de lado as urgências de um município que confiou em seu compromisso de progresso.

Em seu discurso, Paulo sempre faz questão de dizer: “Tudo que eu fizer por Delmiro é pouco para o que vocês fizeram comigo”.

Se isso é pouco, imagine quando for muito...