Kayky Bastos Ferreira, 20
anos, confessou o crime. Autor e vítima se conheciam há um mês.
Kayky Bastos Ferreira, 20
anos, acusado de matar o delegado Luiz Roberto e Silva, 58, confessou o
assassinato do servidor público. O delegado à frente do caso, Pablo Aguiar,
chefe da 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), define o autor como um
"psicopata". Após cometer o latrocínio (roubo seguido de morte), o
garçom foi trabalhar normalmente e acabou preso em flagrante pela Polícia
Militar (PMDF) com o apoio de policiais civis.
Luiz Roberto e Kayky se
conheciam há cerca de um mês. Os dois costumavam se encontrar e na quinta-feira
(5/9) o autor e a vítima saíram para tomar um açaí em Taguatinga na companhia
de outros amigos. De lá, foram até à casa da mãe de Luiz buscar alguns
mantimentos para levar para tomar café da manhã na outra residência do
delegado, localizada na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires.
No dia seguinte, na
sexta-feira (6/9), a mãe de Luiz estranhou o sumiço do filho, uma vez que,
mesmo dormindo fora, aparecia no horário do almoço para levar ou fazer comida à
familiar. Desconfiada, a idosa, de 83 anos, ligou para o filho de Luiz e expôs
a preocupação. O rapaz foi até à casa do pai, mas ninguém atendia o portão. Ele
notou que o carro não estava na garagem e entrou. No quarto, encontrou o corpo
de Luiz em cima da cama e já sem vida.
Dinâmica do crime trágico
Ao ser interrogado, Kayky
confessou o crime, mas não apresentou nenhuma motivação. A polícia constatou
que o delegado dormia no momento da execução. Ele foi morto com três disparos
de arma de fogo na cabeça. “Pela manhã, por volta das 7h, ele acordou, pegou a
arma da vítima dentro da mochila e resolveu dar três tiros”, afirmou o delegado
Pablo Aguiar.
Para os policiais, o garçom
contou que organizava uma festa do estabelecimento e usou o carro da vítima
para comprar bebidas e outras coisas ao longo dessa sexta-feira. Disse que,
devido à correria, “não teve tempo para lembrar do que tinha feito”.
O tenente Nicolas Valle, da
PMDF, comandou a operação que resultou na prisão do garçom. Os militares
receberam as informações por parte dos policiais civis e deram início ao
patrulhamento na região do Gama. “Vimos o autor saindo do bar onde ele
trabalhava, fizemos a abordagem e ele não apresentou tentativas de fuga e nem
de arrependimento.”
Os policiais recuperaram o
carro, a arma e os outros objetos pertencentes à vítima. Kayky tem uma passagem
por roubo e, agora, vai responder por latrocínio. “A PCDF e a PMDF ficam de
luto quando perdemos um amigo, principalmente dessa forma covarde. O Luiz não
vai voltar, mas o trabalho foi feito”, finalizou o delegado Pablo Aguiar.
Fonte: Correio Braziliense.
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