A iniciativa do Ministério
Público do Estado de Alagoas visa ensinar à classe pública estudantil o
funcionamento do Sistema em Justiça em defesa da vida.
Alunos da Escola Estadual
Maria Amélia Sampaio Luz, em Igaci, tiveram a oportunidade de exercer os papéis
de promotor de Justiça, juiz, advogado e jurados, nessa terça-feira (27), em
mais uma edição do projeto Escola do Júri – Tribunal da Cidadania. A iniciativa
do Ministério Público do Estado de Alagoas visa ensinar à classe pública
estudantil o funcionamento do Sistema em Justiça em defesa da vida. Neste mês,
em alusão ao Agosto Lilás, o julgamento simulado envolveu o caso de uma
tentativa de feminicídio.
Os trabalhos foram
coordenados pelos promotores de Justiça Kleytionne Sousa e Viviane Farias. Aos
estudantes, eles explicaram previamente como ocorre um júri, qual o papel que
cada instituição desempenha durante um julgamento e como é formado o conselho
de sentença – composto por cidadãos comuns da cidade.
“Como estamos no Agosto Lilás,
o mês que reforça a importância do enfrentamento à violência doméstica e
familiar contra a mulher, escolhemos um caso real de tentativa de feminicídio
para fazer a simulação, onde a vítima, que terminou uma relação abusiva, quase
foi morta pelo ex-companheiro, que tentou esfaqueá-la. O mais interesse desse
projeto é que os alunos incorporam, de fato, os papéis que ali lhe são
atribuídos. Por exemplo, o que escolhe ser o promotor, realmente usa a sua fala
para tentar convencer os jurados para condenar o réu. É muito interessante, é
uma maneira lúdica e educativa de ensinar os estudantes”, explicou Kleytionne
Sousa. O julgamento simulado foi encerrado com a ‘condenação do réu’.
Júri Popular
O Tribunal do Júri tem como
missão julgar os crimes dolosos contra a vida, como homicídios, aborto,
infanticídio, entre outros. Para isso, ele conta com a participação da
população: é ela quem vai decidir se o réu é culpado ou não. A ideia é que o
acusado possa ser julgado por seus iguais. Por esse motivo, o Tribunal do Júri
também é conhecido como “Tribunal do Povo”.
Para garantir a
representatividade social, o júri busca contemplar a pluralidade, sendo
integrado por pessoas com características diversas, seja de gênero, classe
social, raça, profissão, entre outras. A indicação dessas pessoas deve ser
feita por autoridades, sindicatos, associações, instituições de ensino, entre
outros setores.
No Tribunal do Júri, o
Ministério Público exerce a função de acusação, atuando como defensor da
sociedade na manutenção e na promoção de interesses coletivos, como a ordem
pública e a segurança. O júri é formado pelo juiz, que exerce a função de
presidente, e por 25 jurados. Destes, sete são selecionados para compor o
Conselho de Sentença.
Por: mpal.mp.br
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