Casa
fica em Curitiba, no bairro Barigui. Valores foram descobertos durante operação
realizada em três estados. Dois homens foram presos.
Imagens
feitas durante uma operação da Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RF)
mostram malotes de dinheiro escondidos dentro de uma parede falsa em uma casa.
Assista acima.
A TV
Globo apurou que a residência fica em Curitiba, no bairro Barigui. A Globo
também apurou que o dinheiro foi encaminhado à Caixa Econômica Federal e ainda
não foi contado, mas a estimativa é que mais de US$ 3 milhões estavam
escondidos no local.
A
operação que localizou o dinheiro foi realizada na quarta-feira (6) e teve
mandados judiciais cumpridos, além do Paraná, também em cidades do Ceará e de
Santa Catarina. Dois homens foram presos.
No
dia da operação, a Polícia Federal divulgou que o preso no Paraná estava na
região de Curitiba e é um empresário do ramo de transportes, construção civil e
de aluguel de máquinas pesadas. O nome dele não foi oficialmente revelado.
Na
mesma operação, um homem de Balneário Camboriú (SC) também foi preso. Conforme
as investigações, os dois são suspeitos de comandar um grupo ligado ao tráfico
de drogas e lavagem de dinheiro.
As
imagens feitas na operação em que a parede falsa foi descoberta mostram pacotes
fechados, que segundo a polícia, contém dinheiro em espécie. Na mesma imagem é
possível ver um pacote transparente com parte dos dólares.
A
operação
Para
operação foram expedidos dois mandados de prisão temporária e 33 mandados de
busca e apreensão.
Locais
em que mandados foram cumpridos:
Paraná:
Curitiba, Tijucas do Sul, Santo Antônio do Sudoeste, Londrina, Loanda,
Piraquara, Pontal do Paraná, Campina Grande do Sul, Matinhos, Pinhais e Fazenda
Rio Grande
Santa
Catarina: Balneário Camboriú, Itajaí, Dionísio Cerqueira, Barra Velha e Itapoá.
Ceará:
Barroquinha.
Segundo
a PF, os investigados tiveram bens bloqueados, como imóveis urbanos e rurais,
veículos de luxo, motos aquáticas, caminhões e maquinários agrícolas. Contas
bancárias também foram bloqueadas.
Nas
cumprimento das apreensões, a polícia também encontrou bolsas dentro de carros
com mais de R$ 100 mil em espécie.
A PF
e RF realizaram buscas também em um escritório de contabilidade em Curitiba,
onde o proprietário é suspeito de criar empresas em nome de laranjas e de
auxiliar a organização na lavagem de dinheiro.
A
ação contou com cerca de 200 policiais federais, 20 auditores da Receita
Federal e apoio da Polícia Militar de Santa Catarina (PM-SC).
Investigações
Conforme
a polícia, o chefe do grupo utilizava de pessoas e empresas laranjas para
lavagem de dinheiro e bens.
De
acordo com a investigação, o suspeito adquiria imóveis para uso próprio em nome
de uma imobiliária e de uma outra empresa, que foram responsáveis pela compra
de ao menos três imóveis de luxo na capital paranaense.
As
empresas apresentavam declarações de faturamento à Receita Federal, mesmo sem
prestar nenhum tipo de serviço ou registro de venda de mercadorias, apontou a
operação.
Conforme
a PF, em uma das empresas, foram gastos mais de R$ 8 milhões em aquisição de
máquinas pesadas para locação e prestação de serviços, mas nenhum serviço era
prestado, conforme indica a investigação.
"Noutra
empresa ligada ao ramo de 'atividades esportivas' e em nome de sua companheira,
eram declarados valores provavelmente falsos relativos a prestações de serviços
apenas para justificar e dar aparência de licitude a gastos e despesas pessoais
do casal que de fato eram suportados com recursos oriundos das atividades
criminosas", diz a polícia
Segundo
a PF, o chefe da organização criminosa havia sido preso anteriormente por
tráfico internacional de drogas e usava documentos falsos para não chamar a
atenção das autoridades.
Durante
as investigações, a equipe policial identificou duas remessas de cocaínas
vinculadas ao grupo, uma delas em uma apreensão de 700 quilos de droga
escondidos em uma lixeira de metal. Foi descoberto que o material seria
transportado ao nordeste do país.
A
outra remessa foi localizada em uma apreensão de cerca de 800 kg de cocaína em
um navio rebocador na região de Santa Catarina.
Fonte:
G1.
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