Um dos porta-vozes das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari afirmou que ainda não há informações suficientes para confirmar que Tel Aviv fez o ataque.
Autoridades
do Ministério da Saúde de Gaza afirmaram nesta terça-feira (17) que centenas de
pessoas foram mortas e feridas após um ataque de Israel ao hospital al-Ahli
Arab, popularmente conhecido como Al-Ma'amadani, na cidade de Gaza, a mais
povoada da região.
Os
números ainda são incertos. Ashraf al-Qidra, porta-voz da pasta, afirma que ao
menos 500 pessoas teriam morrido. "O hospital abrigava centenas de doentes
e feridos, além de pessoas forçadas a deixar suas casas devido a ataques
israelenses", disse o ministério.
Um
dos porta-vozes das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari afirmou que ainda
não há informações suficientes para confirmar que Tel Aviv fez o ataque.
"Há muitos ataques aéreos e também muita desinformação espalhada pelo
Hamas", disse a repórteres, segundo o Times of Israel.
Se
confirmados os números de vítimas e a origem do ataque, este seria o ataque
aéreo de Israel mais mortal na região desde ao menos 2008. Mahmoud Abbas,
presidente da Autoridade Nacional Palestina, que governa a Cisjordânia,
declarou três dias de luto oficial pelas vítimas.
Fundado
em 1882, o Ahli Arab é o hospital mais antigo de Gaza, segundo informações de
seu próprio site. O nome, em árabe, significa "hospital do povo
árabe". Estima-se que, a cada ano, cerca de 45 mil pessoas sejam atendidas
no local.
O
prédio já havia sido alvo de outros ataques ao longo destes 11 dias de guerra.
A cidade de Gaza, onde está localizado, fica na porção norte da faixa de terra
homônima -a que Tel Aviv insta desde a última sexta (13) a ser esvaziada,
indicando que fará uma invasão por terra.
A
direção do hospital relatou que, no sábado (14), foguetes israelenses atingiram
a ala de diagnóstico de câncer do local, danificando equipamentos de
ultrassonografia e mamografia. Na ocasião, ao menos quatro funcionários teriam
ficado feridos.
Fonte:
Folha Press.
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