Luiz
Cláudio Bastos diz que doença está entre as mais comuns no inverno, mas seus
efeitos podem ser controlados com medidas.
Estação
marcada pelas chuvas e pela diminuição da temperatura que representam um grave
risco para as pessoas em situação de rua, com problemas respiratórios e
alérgicos, o inverno tem início nesta quarta-feira (21), no Brasil. A data, que
coincide também com o Dia Nacional de Controle da Asma, ressalta a importância
de as pessoas acometidas pelo problema de saúde redobrarem a atenção, conforme
orienta o pneumologista Luiz Cláudio Bastos, que atua no Hospital Geral do
Estado (HGE), em Maceió, unidade vinculada à Secretaria de Estado da Saúde
(Sesau).
De
acordo com o especialista, os asmáticos devem proteger o organismo, cujos
gatilhos podem ser as substâncias capazes de provocar alergias, como a poeira,
o mofo e a fumaça, além de redobrar a atenção especialmente nos dias frios, que
costumam se intensificar durante esta época do ano. Para piorar a situação dos
asmáticos, o país celebra as festas juninas, que ainda são festejadas com
fogueiras, fogos de artifícios e eventos com aglomeração de pessoas, inclusive
em ambientes fechados.
Essa
combinação de fatores contribui com a disseminação de infecções respiratórias
causadas por vírus ou bactérias que podem causar, entre outras doenças,
resfriados, gripes e pneumonia, segundo ressalta o pneumologista do HGE.
“A
asma está entre as doenças respiratórias crônicas mais comuns neste período,
juntamente com a rinite alérgica. As principais características são dificuldade
de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas
pioram à noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de
exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e a mudanças
climáticas”, explica Luiz Cláudio Bastos.
Outros
fatores de risco
A
automedicação, o estresse e a prática de exercício físico também podem aumentar
a chance da instalação de uma crise asmática. Por isso, o pneumologista do HGE
salienta que estudos apontam para uma associação entre fatores genéticos e
condições do ambiente em que o indivíduo vive. Ou seja, há mais chance de a
pessoa desenvolver a doença quando há registro em alguém da família e quando há
uma exposição frequente aos agentes causadores de alergias.
“É
preciso evitar a exposição à poeira, aos ácaros e fungos. Proteger o corpo das
variações climáticas e das infecções virais, especialmente o vírus sincicial
respiratório e o rinovírus. Quando o fator é genético, é importante controlar a
rinite alérgica e o peso, uma vez que os indivíduos com sobrepeso têm mais
facilidade de desencadear processos inflamatórios, como a própria asma”,
destaca Luiz Cláudio Bastos.
Controle
da doença
A
doença pode ser controlada por meio de consultas periódicas agendadas pela rede
municipal de residência do paciente, nas Unidades Básicas de Saúde. Com relação
às crises, podem ser tratadas pelas Unidades de Pronto Atendimento e, quanto
aos casos mais graves, são assistidos pelos hospitais, como o HGE, que pode
acolher as crianças na pediatria e os adultos por meio de encaminhamento feito
pela Central de Regulação de Leitos, vinculada à Secretaria de Estado de
Alagoas (Sesau).
“Essas
unidades estão preparadas para conceder todas as orientações relacionadas ao
tratamento e à prevenção de crises, o que inclui entender os sintomas e os
sinais de agravamento da doença. A asma não tem cura, mas com o tratamento
adequado, os sintomas podem melhorar e até mesmo desaparecer ao longo do tempo.
Por isso é fundamental fazer acompanhamento médico correto e constante”,
orientou o pneumologista do HGE.
Outra
atitude importante é manter o lar arejado, optar por comemorações em ambiente
aberto, sem aglomerações, conservar o local de convívio limpo e seguir com as
orientações dadas pelo médico durante a consulta. Caso apresente sintomas
gripais, é necessário estar atento aos sintomas, evitar o contato com mais
pessoas, reforçar a higienização das mãos, jamais se automedicar e usar máscara
quando precisar ocupar locais públicos.
Fonte:
Agência Alagoas.
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