Preço total é de 31 milhões. A história indica que a sempre perversa relação entre o público e privado.



A mais recente denúncia envolvendo o já notório Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) traz dois personagens de destaque na política nacional, Arthur Lira, e local, João Catunda.

A história indica que a sempre perversa relação entre o público e o privado corre frouxa no governo Bolsonaro, apesar da negação dos dois políticos (e do presidente).

Segundo matéria divulgada pela Folha de São Paulo, edição de hoje, a empresa do pai do vereador João Catunda (Maceió), que é candidato a deputado federal pelo PP, é a grande vencedora das licitações para a compra de kits de robótica, ao preço unitário de R$ 14 mil (incluindo outros custos como material didático para alunos e professores e formações para docentes), em sete municípios alagoanos e pernambucanos.

Preço total: R$ 31 milhões.

Na relação da Folha, União dos Palmares, Canapi, Santana do Mundaú, Branquinha, Barra de Santo Antônio, Maravilha e Flexeiras contrataram a Megalic (empresa da família Catunda) “pela adesão a atas de registros de preços já disponíveis”.

Em tese, o jogo seguiu as regras, mas a questão envolve as misteriosas “emendas do relator” e o FNDE, ambos controlados pelo governista (em qualquer governo) Centrão, onde o PP de Arthur Lira e Ciro Nogueira mandam até topar. Todos os indicados na matéria negam qualquer irregularidade ou ligação política com o negócio milionário.

Mas é farto o noticiário sobre criadores e criaturas, em tempos que o fiscal pegou no sono no altar - e não quer acordar tão cedo.