O grupo seria liderado por
Wesley Gonçalves da Silva, de 37 anos, preso em um hotel na orla marítima de
Maceió.
A Polícia Federal
desencadeou, nesta terça-feira (05), uma megaoperação em Alagoas e mais nove
estados para combater organização criminosa especializada no tráfico de drogas,
de armas de grosso calibre e lavagem de dinheiro. O grupo seria liderado por
Wesley Gonçalves da Silva, de 37 anos, preso em um hotel na orla marítima de
Maceió. Conhecido por levar uma vida de luxo, Wesley “Agito” é apontado como o
maior traficante do Triângulo Mineiro e, na internet, anuncia a rifa de um
automóvel personalizado, com cada bilhete vendido por R$ 30.
No endereço eletrônico
rifaswesleyagito.com.br, ele aparece ao lado de um automóvel I30, intitulado de
“Deboxe”. A página - que traz os dizeres “profissionalismo, qualidade e
segurança” - também descreve todos os itens adicionais do veículo e anuncia a
data do sorteio, o próximo dia 16 de outubro.
Wesley, inclusive, já havia
sido preso em 2019, quando foi flagrado vendendo entorpecentes numa festa de
música eletrônica em Uberlândia (MG), onde vários comprimidos de ecstasy e mais
de R$ 6 mil em espécie foram apreendidos em poder do investigado, que se
acostumou a ostentar viagens e carros importados no Instagram – rede social em
que já contabiliza quase 60 mil seguidores.
Naquela oportunidade, Wesley
disse que o material seria apenas para consumo próprio, o que, no entanto,
levantou a suspeita da polícia, em decorrência da fama que adquiriu como grande
vendedor de drogas sintéticas, tendo participação, inclusive, no mercado
internacional.
Operação Balada
De acordo com a Polícia
Federal, a organização operava um
estruturado esquema de tráfico de drogas. No período de sete meses, foram
comprados, no mercado regular, insumos capazes de manipular mais de 11
toneladas de cocaína. Ainda no curso das investigações, foi apreendido um
carregamento de oito fuzis e 14 pistolas, em março de 2020, também na cidade de
Uberlândia.
Para dissimular a origem
criminosa do patrimônio acumulado, a organização criminosa utilizava um
sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com a utilização de empresas de
fachada e a aquisição de postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis,
veículos e embarcações de luxo. Estima-se que mais de R$ 2 bilhões foram
movimentados pelos investigados nos últimos dois anos. As contas bancárias e
bens identificados foram bloqueados por determinação judicial, assim como
aproximadamente uma centena de imóveis.
A operação foi batizada de
"Balada" pelo fato de os investigados ostentarem em redes sociais a
organização de diversas festas de luxo, inclusive em outros países, realizando
gastos elevados em tais eventos, com uso de iates e carros esportivos. O TNH1
não conseguiu contato com a defesa de Wesley Gonçalves da Silva, mas deixa
aberto o espaço para eventual manifestação.
Fonte: TNH1.
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