Em reunião ministerial, o ministro disse que as primeiras doses devem chegar a partir do início do próximo ano e que o plano é já imunizar "todo mundo".
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou
nesta terça-feira (8) que o país dará início em janeiro à vacinação da
população contra o novo coronavírus.
Em reunião ministerial, o ministro disse que as
primeiras doses devem chegar a partir do início do próximo ano e que o plano é
já imunizar "todo mundo".
"A gente está fazendo os contratos com quem
fabrica a vacina e a previsão é de que essa vacina chegue para nós a partir de
janeiro. Em janeiro do ano que vem, a gente começa a vacinar todo mundo",
disse.
A pasta prevê que, inicialmente, chegarão ao país
100,4 milhões de doses da vacina, produzida em parceria com a Fiocruz. A
estimativa é de que a segunda dose seja disponibilizada no segundo semestre do
próximo ano.
Na semana passada, o secretário-executivo do
Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse, no entanto, que a vacina não deve ser
para toda a população. "Dentro dos dados da epidemiologia, não há previsão
de vacinar 100% da população. Isso não é o normal, mas sim os grupos de
risco", disse.
Pazuello fez a afirmação ao ser indagado pela
blogueira Esther Castilho, uma menina de 10 anos que foi convidada pelo
presidente Jair Bolsonaro para participar da reunião ministerial.
A pedido de Bolsonaro, ela fez uma série de
perguntas aos auxiliares presentes, muitas delas formuladas pelo próprio
presidente e repetidas pela menina.
A blogueira questionou o ministro da Educação,
Milton Ribeiro, por exemplo, quando serão retomadas as aulas presenciais no
país.
"As aulas devem voltar em breve, assim que
tiver mais segurança. E isso depende de cada governo estadual", respondeu
o ministro.
Sob risos do presidente, ela perguntou ainda ao
vice-presidente Hamilton Mourão se ele deseja se tornar um dia presidente do
país. "Em hipótese alguma", disse o general da reserva.
Em tom de brincadeira, o ministro da Defesa,
Fernando Azevedo, respondeu, ao ser questionado se o país está protegido de
ameaças externas, que pretende tornar o serviço militar obrigatório para as
mulheres.
A menina tem um programa no YouTube e já
entrevistou pelo menos quatro vezes o presidente. No ano passado, ela foi
convidada por Bolsonaro para a sua cerimônia de posse.
No início da entrevista, compartilhada pelo
presidente em suas redes sociais, Bolsonaro disse que gostaria que as
repórteres do país fossem como a menina.
Ao longo de seu mandato, o presidente se
notabilizou por adotar uma postura agressiva com a imprensa, sobretudo quando é
questionado sobre irregularidades ou polêmicas de seu governo.
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