A avaliação negativa, ou
seja, aqueles que classificam a administração federal como ruim ou péssima caiu
de 38% para 29% em nove meses.
Após cair ao longo do
primeiro ano de governo, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro disparou
neste mês, na comparação com dezembro do ano passado. Pesquisa realizada pelo
Ibope a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a fatia
da população que considera o governo ótimo ou bom é de 40%, 11 pontos a mais do
que em dezembro de 2019 (29%). O índice é o maior desde o início do mandato.
A avaliação negativa, ou
seja, aqueles que classificam a administração federal como ruim ou péssima caiu
de 38% para 29% em nove meses. Entre uma pesquisa e outra, o País enfrentou a
pandemia de covid-19, que matou 139.065 pessoas até quarta-feira, 23, de acordo
com dados de levantamento feito por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL.
Nesse período, o governo liberou um auxílio emergencial de R$ 600 para
trabalhadores informais e desempregados. Bolsonaro, porém, foi criticado pela
postura em relação à crise sanitária.
O Ibope também perguntou aos
entrevistados se aprovam ou desaprovam a maneira do presidente administrar o
País. Nesse quesito, a aprovação pessoal de Bolsonaro subiu de 41% para 50%,
voltando ao patamar observado em abril de 2019 (51%). Foram consultadas 2 mil
pessoas em 127 municípios no período de 17 a 20 de setembro. A margem de erro é
de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Em relação à primeira
pesquisa do Ibope no governo Bolsonaro, em abril de 2019, a avaliação positiva
do governo está maior. O presidente tinha 35% de ótimo e bom no início da
administração e agora tem 40%. Entre os entrevistados, 29% considerando a
gestão do chefe do Planalto como regular.
Área ambiental
Na área ambiental, a
aprovação do governo Jair Bolsonaro caiu 11 pontos de abril de 2019 a setembro
deste ano. De acordo com pesquisa do Ibope, o índice de pessoas que reprovam o
governo na gestão do meio ambiente é de 57%. A aprovação, por outro lado, é de
37% no levantamento. Em abril, era de 48%.
Entre dezembro de 2019 e
setembro de 2020, a aprovação do governo nessa área variou de 40% para 37%, no
limite da margem de erro. Como houve uma oscilação para baixo, é mais provável
que a avaliação da administração de Bolsonaro no meio ambiente tenha caído em
nove meses.
Nos últimos meses, houve
avanço inédito das queimadas na Amazônia e no Pantanal. Investidores estrangeiros,
ruralistas e ambientalistas pressionam o governo a dar respostas contra a
destruição das florestas. O presidente, no entanto, tem minimizado a crise. Em
discurso na Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU) na
terça-feira, 22, Bolsonaro atribuiu a índios e caboclos a disseminação do fogo
e disse haver uma "campanha brutal de desinformação" contra o Brasil.
Futuro
O Ibope também perguntou às
pessoas sobre o futuro do governo Bolsonaro. Para 36%, o restante da gestão
será ótima ou boa. Para 30%, será negativa (ruim ou péssima). No combate ao
desemprego, o governo é aprovado por 37% dos entrevistados, uma oscilação
negativa em relação ao índice de dezembro do ano passado, de 41%.
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