Alexandre Ayres e o governador Renan Filho em coletiva |
Renan
disse ao tomar essa medida, o Estado tem uma atuação assertiva diferente dos
outros estados do Brasil. “A gente compreende que nesse momento que o surto
está ampliando e que o Brasil começa a apresentar sinais que vamos passar a ter
o contágio doméstico. Vários infectologistas nacionais apresentando de que
teremos uma progressão geométrica, nós estamos tomando medidas preventivas”.
O governador disse que é Alagoas é um local turístico, mas
que nesse momento a intenção é preservar a saúde do povo alagoano, e redução de
risco de contágio.
Renan
Filho explicou que os turistas que estão em Alagoas continuarão fazendo os
passeios normalmente, mas quem chega por navio é um público específico.
"Por conta do que ocorreu com o navio em Pernambuco, Alagoas tomou essa
medida".
Filho
reforçou que qualquer medida tomada no ambiente marítimo em águas federais
precisa ter a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Mas em
Pernambuco foi tomada medida extrema depois que uma pessoa que estava em
um navio ter sido identificada com coronavírus e todas as outras entrarem em
quarentena”, citou.
Sobre
os cruzeiros que estão vindo para Maceió - um chegando hoje e outro dia 23 -
Renan disse que está estudando a possibilidade para tomar uma medida assertiva
com relação ao que chega dia 23.
“Tem
um navio que vai aportar hoje em Maceió, que está vindo de Pernambuco, mas
antes o Governo já tinha feito o contato pra saber se tinha alguém com suspeita
ou sintomas do vírus. Até o momento que recebeu a resposta, não havia nenhuma
suspeita. Mesmo assim, o Governo enviou duas equipes especializadas para
examinar. Sobre o outro navio ainda estamos avaliando”, destacou.
Cancelamento de eventos
Sobre
o cancelamento dos eventos, Renan disse que não há necessidade, mas sabe que é
uma possibilidade que pode ser escolhida de acordo com o avanço do coronavírus.
Com
isso, o governador disse que vai ter uma queda na arrecadação no turismo e que
o Estado tem se preparado e está montando estratégias para suportar a queda.
Gabinete de crise
Renan
Filho ainda reforçou que um gabinete de crise entre o Gabinete Civil, Sesau,
Uncisal, Ufal e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) foi criado. “O
governo também tem conversado com a Prefeitura para unir forças”, disse.
Segundo
o governador, Alagoas tem leitos de UTI suficientes, pois o Estado
disponibilizou 105 novos leitos exclusivamente para pacientes que, porventura,
tenham complicações pelo COVID-19.
“No
entanto, é regra que o melhor tratamento é feito pelo isolamento domiciliar e
não em internamento hospitalar”, alertou o governador.
Sobre
o valor de R$ 20 milhões que será repassado para a Sesau, Renan disse que ainda
vai receber um apoio financeiro do Ministério da Saúde.
O
secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, disse que os profissionais
foram capacitados para acompanhar a chegada de novos casos e que “o Estado está
tomando medidas preventivas desde que o vírus surgiu na China”.
Ayres
garantiu que o estado está preparado, organizado e em conjunto com o Ministério
da Saúde e outras secretarias para preparar o ciclo de auxílio a essas pessoas.
“Não há motivo para alarde, nem desespero”.