Gestores de Mata Grande e Piranhas estiveram com diversos deputados federais que garantiram pautar e defender as matérias prioritárias.

Erivaldo Mandu - Maristela Sena Dias - reprodução: redes sociais

Os prefeitos Erivaldo Mandu e Maristela Sena Dias, de Mata Grande e Piranhas, respectivamente, estão em Brasília desde esta terça-feira, 17, onde participam da Mobilização Municipalista que reúne mais de 500 gestores do país. O encontro teve como pautas: Cessão Onerosa, Reforma da Previdência, 1% do FPM, ISS, Licitações e prazo para os lixões.

Durante o evento que foi realizado em um auditório que reuniu cerca de 500 gestores municipais, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), garantiu que vai pautar e defender as matérias prioritárias do movimento municipalista. Em seu discurso, ele defendeu temas como Reforma da Previdência, Cessão Onerosa, Imposto sobre Serviços (ISS) e nova Lei de Licitações, e destacou que vai colocar na pauta de votações a proposta que aumenta o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A fala de Maia encerrou o evento, que ocorreu na tarde desta terça-feira, 17 de setembro, em Brasília.

O presidente da Casa iniciou o discurso agradecendo o movimento municipalista pelo apoio à Reforma da Previdência desde que o tema passou a ser discutido em 2017, ainda na gestão do ex-presidente da República Michel Temer. “Primeiro, eu quero agradecer aos prefeitos que, desde o início dos debates da Reforma da Previdência, apoiaram a matéria. Aliás, a melhor defesa que tivemos em relação à Reforma foi feita pelo ex-presidente da CNM Paulo Ziulkoski”, lembrou.

Em relação à inclusão de Estados e Municípios no texto, Maia apontou que há ambiente propício na Casa para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 133/2019 – texto paralelo da Reforma –, construída no Senado e que incluiu os entes. “O Senado está votando a PEC Paralela e, da forma como está escrita – passando pelas Assembleias Legislativas – acredito que não vamos ter problemas para votar na Câmara. Quem administra uma cidade sabe que a política local é sempre o que predomina”, ressaltou. Segundo ele, a pretensão é votar o texto na Câmara até o final do ano ou, caso não haja tempo, até fevereiro de 2020.

O presidente da CNM, Glademir Aroldi, reconheceu a atuação do deputado em defesa das pautas dos Entes locais. “Aquilo que o presidente Rodrigo Maia se comprometeu com a gente na Marcha [a Brasília em Defesa dos Municípios] foi cumprido. A cessão onerosa se iniciou por aqui. E isso foi muito importante”, apontou. O líder municipalista citou como exemplo a instalação, durante o evento, da comissão que analisou a proposta que aumenta em 1% o FPM no mês de setembro.

Maia se comprometeu novamente a pautar, agora no Plenário da Casa, a PEC 391/2017. “Vamos votar o 1%, que já está pronto para apreciação. Sei que está atrasado e peço desculpas a vocês, porque fiquei focado na Previdência. Mas demos a demonstração da força da Câmara e vamos colocar em votação”. Ele também lembrou que duas das matérias apresentadas pelo movimento municipalista estão pautadas no Plenário para serem votadas ainda nesta terça. “Estamos votando hoje a Nova Lei de Licitações e o Imposto sobre Serviços, que já têm acordo. Esses são também temas muito importantes”, afirmou.

Cessão onerosa

Aroldi reforçou a importância de o movimento contar com o apoio de Maia e dos demais deputados para fazer avançar as matérias que estão em tramitação. “Nós estamos aqui em uma mobilização tentando incluir Estados e Municípios na Reforma da Previdência, mas queremos principalmente pedir ao senhor e aos deputados aprovação do bônus de assinatura pelos critérios do FPM e do FPE [Fundo de Participação dos Estados]. Nós entendemos que esse é o único critério que faz a distribuição justa de recursos no país. São Municípios que estão em extrema dificuldade e esse recurso vai possibilitar aos pequenos Municípios terem condições de manter os serviços e atender à população”, apontou.

Sobre o assunto, o presidente da Câmara afirmou que o acordo que se busca na Casa é não mexer na base do que foi aprovado no Senado, a fim de que a matéria não precise retornar à apreciação dos senadores. “Recebemos o texto da cessão onerosa e queremos indicar logo um relator. É claro que vamos trabalhar o texto do Senado para que ele possa ser votado da mesma forma e para que qualquer inclusão seja feita separadamente. Acredito que no texto da cessão onerosa podemos avançar no acordo, mas sem mexer no mérito do que foi feito no Senado”, disse.

Execução direta de emendas

Outra pauta que teve destaque na fala foi lembrada por parlamentares que participaram da Mobilização: a PEC 48/2019, que prevê nova regra para repasse direto de recursos federais por meio de emendas, sem necessidade de convênios, para Estados, Municípios e Distrito Federal. Para a CNM, a proposição favorece os Entes municipais, pois permite que emendas individuais ao projeto de lei do orçamento anual aloquem recursos diretamente para o FPM.

Maia apontou que a matéria é fundamental para desburocratizar o sistema atual. “O Tribunal de Contas tem uma preocupação em relação à fiscalização, mas nada que a gente não possa construir uma saída, uma solução, para que não fiquemos nas mãos da Caixa Econômica. Nós respeitamos a Caixa, mas, da forma que está colocado, tem prefeito que estava com recurso de 2015 a receber. Toda essa burocracia nos tira recursos. Precisamos construir um texto de uma forma que possa garantir total transparência e fiscalização”, afirmou. A expectativa é, segundo ele, aprovar rapidamente a proposição nas sessões da comissão especial que analisa o texto.

Entrevista

Após a Mobilização, Maia concedeu entrevista à TV CNM e destacou que os prefeitos devem voltar as suas cidades confiantes de que as pautas irão avançar. “Ninguém precisa sair daqui otimista. Eles precisam sair daqui realistas. Nós compreendemos a urgência dessa agenda e a importância que têm os Municípios. Ninguém vai resolver o problema do posto de saúde com recurso empossado em Brasília, ninguém vai resolver o problema de vagas em creches com recursos aqui. Nós vamos resolver isso com os recursos transferidos aos Municípios brasileiros”, afirmou.


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