Crime foi descoberto pelos delegados Fábio Costa e Thiago Prado, além do Cayo Rodrigues, que são da Divisão Especial de Investigação e Captura (DEIC).


A Polícia Civil, por meio dos delegados Fábio Costa e Thiago Prado, revelou, no início da manhã desta quarta-feira (6), a descoberta de um suposto plano para assassinar o deputado estadual e ex-prefeito de Batalha, Paulo Dantas e a mulher dele, a atual prefeita do município, Marina Dantas. De acordo com eles, toda a trama criminosa teria sido praticada por José Márcio Cavalcante de Melo, o Baixinho Boiadeiro e outros integrantes da mesma família do acusado. Áudios foram divulgados com detalhes da forma como os crimes seriam executados.

Os delegados informaram ainda que a trama teria sido descoberta pela polícia, após a prisão de um pistoleiro contratado em Pernambuco para a execução do plano criminoso. Ainda de acordo com Fábio Costa e Thiago Prado, a família Boiadeiro, com o apoio de um primo de Baixinho, identificado como Dênis Boiadeiro, teria contratado os supostos assassinos no estado vizinho de Pernambuco por R$ 300 mil. Parte do dinheiro, no valor de R$ 290, já teria sido pago aos pistoleiros.

Ainda conforme os delegados, o crime foi encomendado no início do mês de junho de 2018 e a ordem era que o casal fosse morto antes das eleições, para evitar que Paulo Dantas se elegesse ao cargo de Deputado Estadual para o qual concorria. O plano foi confirmado por meio de áudios do aplicativo WhatsApp, cujas suspeitas levam a voz de Baixinho Boiadeiro cobrando o término do serviço. Em alguns dos áudios também pode ser ouvida a voz de "Zé do Laércio Boiadeiro", segundo a Polícia Civil. A comprovação do envolvimento dos suspeitos na trama criminosa será realizada através de laudo do Instituto de Criminalística, que analisará o padrão de voz dos investigados.

Em um dos áudios, os suspeitos referem-se como o crime seria executado, passando detalhes de que o armamento utilizado seria armamento de guerra, fuzis AK-47, e que o ataque ocorreria quando as vítimas estivessem dentro do carro, durante saída de Batalha. Narra-se ainda o plano de fuga para os pistoleiros, os quais retornariam para Pernambuco através de uma rodovia que liga à cidade de Águas Belas.
José Márcio foi preso na madrugada de ontem, após o júri popular que o condenou a 45 anos e 10 meses de prisão, além de cumprir outros dois mandados de prisão em seu nome. Após a sessão, ele foi conduzido à sede da DEIC, onde foi interrogado e negou todos os fatos acima.

Os demais suspeitos citados serão investigados e o caso corre em segredo de Justiça.

Também participam das investigações os delegados Cayo Rodrigues e Fabrício Lima.