A família do vereador Neguinho
Boiadeiro esteve reunida com os membros do Conselho Estadual de Segurança
Pública (Conseg) para cobrar solução para o crime, que ocorreu há mais de um
ano na cidade de Batalha e nunca foi o apontado o mandante. A defesa da família
foi assumida pelo ex-superintendente da Polícia Federal, o delegado Pinto de
Luna.
Ao CadaMinuto, Luna afirmou
que acredita que a família esteja sendo vítima de opressão, que tudo indica que
seja policial, diante dos fatos ocorridos e não apurados pelas autoridades. A
proposta da defesa ao levar os familiares ao Conseg é conseguir que o Conselho
acompanhar as investigações do caso e levar as ameaças recebidas.
“Eu acredito que tenha sido
um crime de mando, pela forma que foi feito. Hoje existem várias metodologias
de trabalho que você consegue esclarecer um crime, pois todo um crime deixa um
vestígio”, colocou o advogado.
Antes de ir ao Conseg,
Mércia Boiadeiro confeccionou um Boletim de Ocorrência relatando ameaças
sofridas pelos familiares e funcionários de sua fazenda. Segundo o advogado, um dos funcionários
chegou a ser agredido fisicamente, como consta no relato do Boletim.
Conforme o boletim de
ocorrência registrado no 44º distrito policial, um dos funcionários da família
Boiadeiro, identificado como Rafael Ferreira, foi vítima de uma agressão no
início do mês de Abril. Rafael voltava
de um banco quando ao passar por uma rua da cidade em sua moto, um segurança
particular, que portava um fuzil, ordenou que a vítima parasse a motocicleta e
se dirigisse até a parede para que fosse revistado.
Ainda segundo o registro,
durante a suposta revista, o funcionário da família Boiadeiro, chegou a ser
agredido com chutes nas pernas e com um golpe com o cano do fuzil, deixando uma
lesão em seu peito. A vítima realizou
exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), da cidade de
Arapiraca e aguarda o andamento das investigações.
Ainda segundo outros
registros, o funcionário da família chegou a ser perseguido e ameaçado outras
vezes por um veículo Gol de cor branca e por um veículo não identificado de cor
vermelha que estava circulando a região da fazenda da família Boiadeiro e que
chegou a segui-lo até a entrada da propriedade.
“Na qualidade de assistente
de acusação e advogado da Dona Mércia eu quero ver as diligências que foram
feitas e caso for necessário cobrar outras”, completou.
Caso Neguinho Boiadeiro
Adelmo Rodrigues de Melo, 61 anos, (PSD), conhecido popularmente como “Neguinho Boiadeiro” foi assassinado a tiros
no início da tarde do dia 9 de novembro de 2017, por dois homens armados, quando saia da sessão que estava sendo
realizada na Câmara de Vereadores do município.
De acordo com testemunhas, “Neguinho
Boiadeiro” foi morto por dois homens
armados, que aguardavam o parlamentar sair da Câmara Municipal, onde
participava de uma sessão.
Ao se dirigir a seu veículo após deixar a Casa
Legislativa, o vereador foi assassinado com vários tiros de arma de fogo pelos
homens, que em seguida fugiram do local do crime em um veículo de
características desconhecidas.
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